Sejam Bem Vindos!!!!!

A todos que buscam conhecimento de uma maneira simples e descontraída




Muitas vezes achamos que tudo que sabemos, tudo que somos foi uma escolha nossa, sera?
Será que não apenas reproduzimos o que nossa sociedade é?
Será que realmente somos autônomos?


A história não é uma disciplina decorativa como muitos pensam, pelo contrário ela busca fazer com que as pessoas pensem, critiquem, reajam aos acontecimentos em sua volta, não como bonecos, marionetes, mas como seres consciêntes e capazes e mudar seu "destino".

PENSE, SINTA, VIVA HISTÓRIA

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Introdução ao Estudo de História (1º Ano)



História

História (do grego antigo historie, que significa testemunho, no sentido daquele que vê) é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. Por metonímia, o conjunto destes processos e eventos. A palavra história tem sua origem nas «investigações» de Heródoto, cujo termo em grego antigo é Ἱστορίαι (Historíai). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes.
O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados. Esse estudo, do ponto de vista europeu, divide-se em dois grandes períodos: Pré-História e História.
Os historiadores usam várias fontes de informação para construir a sucessão de processos históricos, como, por exemplo, escritos, gravações, entrevistas (História oral) e achados arqueológicos. Algumas abordagens são mais frequentes em certos períodos do que em outros e o estudo da História também acaba apresentando costumes e modismos (o historiador procura, no presente, respostas sobre o passado, ou seja, é influenciado pelo presente).
Os eventos anteriores aos registros escritos pertencem à Pré-História e às sociedades que co-existem com sociedades que já conhecem a escrita (é o caso, por exemplo, dos povos celtas da cultura de La Tène) pertencem à Proto-História.

As concepções formais da História

Em sua evolução, a História se apresentou pelo menos de três formas. Do simples registro à análise científica houve um longo processo. São elas:
• História Narrativa ou Episódica - O narrador contenta-se em apresentar os acontecimentos sem preocupações com as causas, os resultados ou a própria veracidade. Também não emprega qualquer processo metodológico.
• História Pragmática - Expõe os acontecimentos com visível preocupação didática. O historiador quer mudar os costumes políticos, corrigir os contemporâneos e o caminho que utiliza é o de mostrar os erros do passado. Os gregos Heródoto e Tucídides e o romano Cícero ("A Historia é a mestra da vida") representam esta concepção.
• História Científica - Agora há uma preocupação com a verdade, com o método, com a análise crítica de causas e conseqüências, tempo e espaço. Esta concepção se define a partir da mentalidade oriunda das idéias filosóficas que nortearam a Revolução Francesa de 1789. Toma corpo com a discussão dialética (de Hegel e Karl Marx) do século XIX e se consolida com as teses de Leopold Von Ranke, criador do Rankeanismo, o qual contesta o chamado "Positivismo Histórico" (que não é relacionado ao positivismo político de Augusto Comte) e posteriormente com o surgimento da Escola dos Annales, no começo do século XX.
• História dos Annales (Escola dos Annales) - Os historiadores franceses Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram em 1929 uma revista de estudos, a "Annales d'histoire économique et sociale",[1][2] onde rompiam decididamente com o culto aos heróis e a atribuição da ação histórica aos chamados homens ilustres, representantes das elites. Para estes estudiosos, o cotidiano, a arte, os afazeres do povo e a psicologia social são elementos fundamentais para a compreensão das transformações empreendidas pela humanidade.


As concepções filosóficas da História


Ainda no século XIX surgiu a discussão em torno da natureza dos fenômenos históricos. A que espécie de preponderância estariam ligados? Aos agentes de ordem espiritual ou aos de ordem material? Antes disso, a fundamental teológica fez uma festa na mente cordata do povo.

• Concepção Providencialista - Segundo tal corrente, os acontecimentos estão ligados à determinação de Deus. Tudo, a partir da origem da terra, deve ser explicado pela Providência Divina. No passado mais remoto, a religião justificava a guerra e o poder dos governantes. Na Idade Média Ocidental, a Igreja Católica era a única detentora da informação e, naturalmente, fortificou a concepção teológica da História. Santo Agostinho, no livro "A Cidade de Deus", formula essa interpretação. No século XVII, Jacques Bossuet, na obra "Discurso Sobre a História Universal", afirma que toda a História foi escrita pela mão de Deus, E no século passado, o historiador italiano Césare Cantu produziu uma "História Universal" de profundo engajamento providencialista.

• Concepção Idealista - Teve em Georg Wilhelm Friedrich Hegel, autor de "Fenomenologia do Espírito", seu corporificador. Defende que os fatos históricos são produto do instinto de evolução inato do homem, disciplinado pela razão. Desse modo, os acontecimentos são primordialmente regidos por ideias. Em qualquer ocorrência de ordem econômica, política, intelectual ou religiosa, deve-se observar em primeiro plano o papel desempenhado pela idéia como geradora da realidade. Para os defensores dessa corrente, toda a evolução construtiva da humanidade tem razão idealista.

• Concepção Materialista - Surgiu em oposição à concepção idealista, embora adotando o mesmo método dialético. A partir da publicação do Manifesto Comunista de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels lançam as bases do Materialismo Histórico, onde argumentavam que as transformações que a História viveu e viverá foram e serão determinadas pelo fator econômico e pelas condições de vida material dominantes na sociedade a que estejam ligadas. A preocupação primeira do homem não são os problemas de ordem espiritual, mas os meios essenciais de vida: alimentação, habitação, vestimenta e instrumentos de produção. No prefácio de "Crítica da Economia Política", Karl Marx escreveu: "As causas de todas as mudanças sociais e de todas as revoluções políticas, não as devemos procurar na cabeça dos homens, em seu entendimento progressivo da verdade e da justiça eternas, mas na vida material da sociedade, no encaminhamento da produção e das trocas".

• Concepção Psicológico-social - Apóia-se na teoria de que os acontecimentos históricos são resultantes, especialmente, de manifestações espirituais produzidas pela vida em comunidade. Segundo seus defensores, que geralmente se baseiam em Wilhelm Wundt ("Elementos de Psicologia das Multidões"), os factos históricos são sempre o reflexo do estado psicológico reinante em determinado agrupamento social.


Documentos e fontes históricas


Não se passa pela vida sem deixar marcas. Um objeto, uma canção, uma hipótese formulada… são traços da passagem do homem. "Todo e qualquer vestígio do passado, de qualquer natureza", define o documento histórico. Mais o que seria a fonte histórica? Podemos de uma maneira bem simples responder que fonte histórica é tudo aquilo que foi produzido pelo homem e consequentemente é estudado pela história.
De uma maneira bem simples podemos dividir as fontes em dois tipos básicos:

FONTE MATERIAL: é toda fonte que pode ser tocada pelo homem (ex: cartas, livros, revistas, prédios, etc.)

FONTE IMATERIAL: é toda fonte que pode ser contemplada (ouvida ou vista) mais não pode ser tocada (ex: histórias dos mais velhos, as melodias das músicas)

Anacronismo


É quando nos utilizamos de um termo ou conceito de uma época em outra.


Mais como o historiador trabalha?

Antes de mais nada não podemos nos esquecer de uma coisa, Marc Bloch afirmou que o historiador é filho de seu tempo, ou seja, o historiador vai ser influenciado pela sociedade em que nasceu. Como assim? Imaginem uma sociedade machista (idade média por exemplo), se um historiador for escrever algo sobre as mulher irá fazê-lo de uma forma preconceituosa, de igual forma, se o historiador nasceu em uma sociedade que prega a igualdade, ele quando escrever algo sobre a mulher irá fazer isso sem preconceito.

Depois de dito isso, devemos ter consciência que o historiador trabalha como um investigador dos filmes policiais, primeiro ele tem uma pergunta, estudando e investigando ele levanta hipóteses, depois ele escolhe a que mais se adequa.
Como assim? Imagine você como um pesquisador sobre os escravos que já morreram a mais de 200 anos, você não estava  lá, então não tem como saber "a verdade", mediante sua pesquisa você levanta hipóteses, e no decorrer do tempo você irá perceber se essa hipótese é boa ou não, na verdade, na história não existe essa noção de verdade ou mentira.

A noção de tempo para a história

Para a história não existe uma noção de tempo e sim tempo, com exemplo:

TEMPO CRONOLÓGICO: é toda forma de marcação de tempo (relógio, calendário, etc.);


"A referência de maior aceitação para se contar o tempo, atualmente, é o 'nascimento de Cristo'. Mas já houve outras referências importantes no Ocidente: os gregos antigos tinham como base cronológica o início dos jogos olímpicos; os romanos, a fundação de Roma. Ainda hoje, os árabes contam seu tempo pela Hégira, a emigração (não fuga) de Maomé de Meca para Medina"


TEMPO HISTÓRICO: é o tempo institucionalizado, onde se busca dividir a história para facilitar seu estudo, ex. pré-história, período clássico, idade média, idade moderna, idade contemporânea;
TEMPO SOCIAL: faz referência a experiências individuais e sociais, ex. aquilo que se achava bonito a 200 anos é considerado feio agora.

Linha de tempo ou linha historiográfica



Visões sobre a História

• "O homem não vive somente de pão; a História não tinha mesmo pão; ela não se alimentava se não de esqueletos agitados, por uma dança macabra de autômatos. Era necessário descobrir na História uma outra parte. Essa outra coisa, essa outra parte, eram as mentalidades". (Jacques Le Goff)
• "A História procura especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. As transformações são a essência da História; quem olhar para trás, na História de sua própria vida, compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e também é válido para a sociedade. Nada permanece igual e é através do tempo que se percebe as mudanças".
• "A História como registro consiste em três estados, tão habilmente misturados que parecem ser apenas um. O primeiro é o conjunto dos factos. O segundo é a organização dos factos para que formem um padrão coerente. E a terceira é a interpretação dos factos e do padrão". (Henry Steele Commager)
• "Sem a História nós estaríamos em um eterno recomeço, não teríamos como avaliar os erros do passado, para não errarmos novamente no futuro". (Rafael Hammerschmidt)

 Principais corrente teóricas historiográficas

HISTÓRIA POSITIVISTA: foi a primeira corrente historiográfica, como buscavam que a história fosse tratada como ciência, transferiram algumas características das ciências exatas. Seu historiadores buscam a verdade absoluta ao estudar fatos e documentos oficiais;

HISTÓRIA MARXISTA:  baseado no pensamento de Karl Marx, os historiadores dessa corrente levam em conta  o aspecto econômico e sua influência na sociedade, onde a "luta de classe seria o motor da história";

HISTÓRIA DOS ANNALES: essa escola vai abrir a visão historiográfica para a interdisciplinaridade, enriquecendo a analise histórica, ampliando sua visão para todos fatos ligados ao homem.

3 comentários:

  1. Gostei, é bem simples e dá para entender!!

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  2. Muito bom,me ajudou muito...

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  3. Excelente seu blog, gostei e farei muitas outras visitas para aprofundar meus conhecimentos nesta ciência...

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Dúvidas

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