Sejam Bem Vindos!!!!!

A todos que buscam conhecimento de uma maneira simples e descontraída




Muitas vezes achamos que tudo que sabemos, tudo que somos foi uma escolha nossa, sera?
Será que não apenas reproduzimos o que nossa sociedade é?
Será que realmente somos autônomos?


A história não é uma disciplina decorativa como muitos pensam, pelo contrário ela busca fazer com que as pessoas pensem, critiquem, reajam aos acontecimentos em sua volta, não como bonecos, marionetes, mas como seres consciêntes e capazes e mudar seu "destino".

PENSE, SINTA, VIVA HISTÓRIA

sábado, 15 de maio de 2021

Iluminismo (2º Ano)


No século XVIII na Europa, em “resposta” ao Absolutismo, surgiu um movimento cultural, intelectual, político, econômico, social e filosófico, chamado de Iluminismo. Este movimento defendia a educação (queriam escolas para o povo) e a liberdade religiosa, por exemplo. Acreditavam que o uso da razão era o melhor (e único) caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação, que não existiam na época do absolutismo, já que ele possuía algumas características das estruturas feudais.

Características do Iluminismo

  • As ideias do iluminismo eram inicialmente disseminadas por filósofos e economistas, que se diziam propagadores da luz e do conhecimento, por isso foram chamados de iluministas.
  • Eles valorizavam a razão acima de tudo, julgavam o mais importante instrumento para conseguirem alcançar o conhecimento.
  • Estimulavam o questionamento, a investigação e a experiência como forma de conhecimento da natureza, sociedade, política, economia e o ser humano.
  • Eram totalmente contra o absolutismo e suas características ultrapassadas. Criticavam, além dele, o mercantilismo, os privilégios da nobreza e do clero, e a Igreja Católica e seus métodos (a crença em Deus não era criticada).
  • Defendia a liberdade na política, na economia e na escolha religiosa. Também queriam a igualdade de todos perante a lei.
  • Partindo da ideia da educação para todos, idealizaram e concretizaram a ideia da Enciclopédia (que foi impressa entre 1751 e 1780), uma obra com 35 volumes, contendo – em resumo – todo o conhecimento que existia até então.
  • As ideias iluministas eram liberais e logo conquistaram a população, intimidando alguns reis absolutistas que, com medo de perderem o governo, passaram a aceitar algumas ideias do movimento. Esses eram chamados Déspotas Esclarecidos (tentavam conciliar o iluminismo com o absolutismo).

Principais pensadores iluministas

  • John Locke (1632 – 1677): John é considerado o “pai do iluminismo”. Sua obra mais conhecida é “Ensaio sobre o entendimento humano”, de 1689. Mas “Dois tratados sobre o governo”, do mesmo ano, também é considerada uma das melhores. Ele negava a ideia de que Deus tinha o poder sobre o destino dos homens e afirmava que a sociedade que moldava o ser humano para o bem ou para o mal.
  • Montesquieu (1689 – 1755): Ele fez parte da primeira geração de iluministas. Defendia a ideia da “divisão” do governo em três poderes independentes (Legislativo, Executivo e Judiciário) em sua obra mais conhecida e importante “O espírito das leis”, de 1748.
  • Voltaire (1694 – 1778): Crítico polêmico da religião e da Monarquia. Defendia a liberdade intelectual. Sua obra mais importante foi “Ensaio sobre os costumes”, de 1756.
  • Rousseau (1712 – 1778): Defensor da pequena burguesia, queria a participação do  povo na política por meio de eleições. Sua obra mais importante foi “Do Contrato Social”.
  • Adam Smith (1723 – 1790): Principal representante do conjunto de ideias chamado liberalismo econômico. Sua principal obra foi “A riqueza das nações”. 

 COMPARAÇÃO ENTRE O PENSAMENTO ILUMINISTA E O ANTIGO REGIME

ANTIGO REGIME

Político:   Absolutismo, ou seja, o poder do rei era absoluto, tal prerrogativa baseava-se na teoria do direito divino dos reis, tal teoria afirmava que o rei era rei devido a vontade divina, assim o poder do monarca vinha de cima para baixo.
Econômico:   Mercantilismo, basicamente se baseava na compra e venda de produtos.
Social: Profunda estratificação social, não havendo mobilidade social, tal característica também se baseava em um determinismo, ou seja, você nasceu pobre porque Deus quis.

ILUMINISMO

Político: Contratualismo, o poder do rei não vem de Deus e sim do povo, que para fugir do estado de natureza (quer saber mais sobre isso? Click aqui), sacrifica sua liberdade dando poder ao rei.
Econômico: Escola Fisiocrática, a única fonte verdadeira de riqueza é a produção, é a terra.
Social: Liberalismo, todos tem o mesmo direito (todavia isso se baseava na capacidade de cada um conseguir se fazer ouvir, ou seja, ter dinheiro)

DÉSPOTAS ESCLARECIDOS

O despotismo esclarecido foi uma forma de governo adotada pelos Reis, no século XVIII, como uma alternativa para a Monarquia Absolutista que estava em crise, devido às ideias Iluministas.
Até então, acreditava-se que o monarca era escolhido por Deus. Sem serem questionados, os monarcas exerciam seu poder de forma centralizada, absoluta. No entanto, desde o século XVII as ideias dos filósofos iluministas ganhavam espaço por toda a Europa. O Iluminismo foi um movimento filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão sobre a visão teocêntrica que vigorou por toda a Idade Média. De acordo com a divisão da sociedade naquela época, pode-se dizer que o Iluminismo foi um movimento iniciado pela burguesia.
Alguns monarcas sofreram influências das ideias iluministas, e realizaram algumas reformas em seus reinos, reformas estas que contribuíram para o desenvolvimento de suas nações. Esses monarcas ficaram conhecidos como Déspotas Esclarecidos, ou seja, como Reis Absolutos Iluminados.




sexta-feira, 14 de maio de 2021

Revolução Industrial (2º Ano)

Introdução

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na  Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias. Ou seja, a Revolução Industrial vai estar inserida no conjunto de revoluções denominadas de Revoluções Burguesas, que tinha como objetivo, de uma forma bem simplificada, solapar o poder dos nobres, extinguir o antigo regime e garantir a burguesia o acesso ao poder.

Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor.


























Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.

OU SEJA!!!

A Revolução Industrial não vai ocorrer na Inglaterra devido os ingleses serem o povo mais inteligente da Europa e sim devido um conjunto de fatores que lhes eram particulares. Primeiro, eram o primeiro pais a ser controlado pela burguesia, depois disso, possuíam grandes reservas de carvão e ferro, fundamentais para as fábricas e máquinas, e como se tudo isso não bastasse, graças ao processo de cercamento, tinham também uma grande quantidade de mão de obra. 


As fases da Revolução Industrial

A partir do desenvolvimento da maquinofatura fala-se em três fases da Revolução.

PRIMEIRA (1760 - 1860 ) Vai ocorrer somente na Inglaterra, tendo como material utilizado nas fábricas o ferro e fonte de energia o carvão.

SEGUNDA (1860 - 1900) Vai se espalhar por outros países, assim como outros continentes, tendo já a utilização do aço, assim como energia elétrica e o uso do petróleo.

TERCEIRA (1900 - hoje) Se tem o surgimento de grande multinacionais que vão se espalhar por todo o mundo, se utilizando de diversos tipos diferentes de materiais, todavia vamos ter ainda a dependência de energia elétrica.

Avanços da Tecnologia
máquina a vapor

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor (maria fumaça) e os trens a vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos. 
Principais invenções técnicas da Revolução Industrial: lançadeira volante de John Kay, tear mecânico de Cartwright, máquina a vapor de JamesWatt e locomotiva de Stephenson.

Controle da Produção
 
O Uso da energia elétrica e do petróleo graças a maior potencia e eficiência das fontes de energia, permitiu a intensificação e diversificação do desenvolvimento tecnológico. a busca dos maiores lucros em relação aos investimentos feitos levou a especialização do trabalho ao extremo.

FORDISMO: Esse método foi testado e implantado na indústria automobilística FORD, as esteiras levavam o chassi do carro ao percorrer toda a fábrica. Do lado delas ficavam os operários operando com as suas mãos.

 
linha de produção do FORD T

 

TAYLORISMO – O engenheiro norte-americano Frederick Wilson Taylor visava buscar o aumento da produtividade, controlando os movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção.

 

O Fordismo e o Taylorismo acabaram propiciando o surgimento de grandes indústrias assim como a acumulação de grande capital, gerando o surgimento de holdings, trustes e cartéis.

HOLDINGS: empresas que controlam outras empresas, comprando a maioria de suas ações.
TRUSTES: A busca pelo controle de mercado por parte de empresas de diferente ramos (controle vertical).
CARTEL: A busca pelo controle de mercado por parte de empresas do mesmo ramos (controle horizontal.



A Fábrica

As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por
crianças trabalhando em um tear
exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.

Reação dos trabalhadores

Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.
Conclusão

A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram consequências nocivas para a sociedade. 
Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.

quarta-feira, 12 de maio de 2021

A Revolução Francesa e o Período Napoleônico (2º Ano)



A Revolução Francesa é um marco na histórica, marcando o fim da idade moderna e início da idade contemporânea. Tirando toda discussão acerca da legitimidade da divisão histórica que seguimos, é fato que esse acontecimento trouxe grande impacto na formação social contemporânea, tendo em vista que vem marcar o fim da monarquia absolutista na França, trazendo consigo grandes mudanças que se disseminaram não só pelas Europa, mais por boa parte do mundo, ideias como liberdade, igualdade e fraternidade.
 
CRITICAS AO ANTIGO REGIME
 
A revolução Francesa deve ser vista como um tiro de misericórdia que veio finalizar a longa crise que o Antigo Regime passava. Na França o sistema absolutista já vinha se esgotando já a algum tempo, sendo que no governo de Luiz XVI passou a ser contestado, mais tal fato, ou seja, as causas para a revolução, se deveu a alguns aspectos característicos da sociedade francesa e do sistema absolutista.
 
CAUSAS PARA A REVOLUÇÃO 
 
Foram várias as causas que levaram a crise da Monarquia absolutista francesa, sendo que, de forma geral, podem ser divididos em sociais, econômicos e políticos:
 
o 3º estado carregando os demais
Aspectos sociais: De forma geral podemos dizer que a sociedade francesa estava marcada pela desigualdade e estratificação social, sendo formados por estados. O 1º Estado era formado pelo alto e baixo clero, o 2º Pelos Nobres, provinciais e palacianos, de sangue e toga, já o 3º estado era formado por todo o restante da população. Todos os estados pagavam impostos, no entanto a carga mais pesada ficava sob a responsabilidade do 3º estado, sendo que além disso, os dois primeiros estados possuíam muitos direitos, sendo o 3º o mais explorado.
 
Aspectos econômicos: dentre essas causas podemos citar o alto déficit público do governo, ou seja, o governo gastava mais do recebia. Fora isso ainda teve a participação francesa em conflitos internacionais, o que aumentou os gastos públicos. Tivemos também problemas ligados ao mercado internacional, onde o governo importava mais que exportava. Como se tudo isso não bastasse, a França vem passar por uma de suas maiores crises agrícolas, assim o país passou a conviver com a miséria e a fome.
 
Aspectos políticos: na França absolutista o poder era divido entre o rei e o parlamento, que tinha o poder de julgar e vetar as leis propostas pelo rei. A crise entre ambos vai deflagrar a Revolução.

QUAL FOI O ESTOPIM PARA A REVOLUÇÃO?

 
Como todos os conflitos, teremos as causas e o estopim, o último empurrãozinho! E o estopim vai ser justamente o confronto entre o rei e o parlamento, resultante de uma crise econômica que abalou o país. Mediante tal crise o rei buscou aumentar os impostos de todos os estados, incluindo o clero e os nobres, tal medida irritou o parlamento, mais a situação veio piorar ainda mais quando o rei pediu um empréstimo e não foi atendido.  O rei buscando contornar essa situação vai diminuir o número de parlamentares, na tentativa de diminuir o poder do parlamento, entretanto, isso somente vai piorar toda a situação.
Os parlamentares irão pressionar o Rei para que ocorra a convocação dos Estados Gerais, que reunia representantes de todos os três estados, mais é bom lembrar que o povão não podia participar desse ato.
 
A ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE
 
Com os Estados Gerais reunidos irão surgir os problemas. O maior era a ideia de como seria feita as eleições, sendo que o 1º e o 2º estados queriam que a eleição fosse por estado, o que iria representar uma derrota certa para o 3º estado, assim este defendia uma eleição por cabeça, que com certeza iria garantir a vitória do 3º estado sobre os demais, fato esse que aconteceu com o apoio de dissidentes dos outros estados.
Mediante essa situação o Rei buscou dissolver o parlamento, decisão que fez aumentar ainda mais o clima de tensão. Como resposta os parlamentares transformaram os Estados Gerais em uma Assembleia Nacional Constituinte. Tal medida do parlamento resultou e medidas mais drásticas por parte do Rei, como o afastamento de um ministro que era bem visto pelo povo. Ao saberem desse afastamento o povo enfurecido invadiu uma prisão em que eram colocados os inimigos do rei, a chamada tomada da bastilha.
 
CURIOSIDADE: A Bastilha representava o poder de repressão do rei, assim quando o povo a derrubou simbolizava que o poder do rei ruía ao mesmo tempo que as paredes da Bastilha, sendo que a autoridade agora pertenceria ao povo.
tomada da bastilha


Toda movimentação na capital acabou se espalhando também pelo campo, onde os camponeses invadiam os castelos dos nobres e massacravam seus moradores, um período denominado de Grande Medo.
Assim que foi formada a Assembleia Nacional, lançaram um conjunto de medidas de cunho iluminista, que tinha por objetivo diminuir o poder dos demais estados. A primeira medida foi a abolição dos direitos feudais, aqueles que exploravam o povo, que com a criação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, declarava que declarava os princípios que foram marca da revolução, a liberdade, igualdade e fraternidade. Fora isso, ainda tivemos a tentativa de diminuir o poder da Igreja, fazendo com que ela ficasse subordinada ao Estado, isso foi proposto pela Constituição Civil do Clero, além de buscar limitar o poder do rei através da divisão do estado em três poderes (executivo, legislativo e judiciário), inaugurando uma Monarquia Constitucional, ou seja, os poderes e atribuições do rei estariam contidas em uma constituição.
 
CURIOSIDADE: mesmo a Revolução Francesa pregando as ideias iluministas, não podemos nos esquecer que essa revolução era uma revolução burguesa, consequentemente, buscaria proteger os ideais burgueses, assim, até mesmo a nova constituição (1791) ainda mantinha uma certa desigualdade, sendo que nem todos podiam votar, os eleitores estavam divididos em ativos, podiam votar, e os passivos, que por serem mais pobres não poderiam votar.
 
Nesse período irão ocorrer duas coisas que vão marcar a revolução. A primeira faz referência ao ataque por parte das outras nações absolutistas, contra a França, pois tinham medo que a Revolução se espalhasse. A outra coisa foi a fuga do rei, pois o mesmo tinha esperança de reaver seu poder total no país, no entanto ele foi recapturado e posteriormente julgado e sentenciado a morte, acusado de
o rei Luiz XVI guilhotinado
traição.

A CONVENÇÃO
 
Com a morte do rei o país foi governado pela Convenção, que era uma espécie de câmara formada pelos Girondinos, Jacobinos e pelo pântano. Os primeiros eram formados pela alta burguesia, defendo seus interesses, acreditavam que já estava na hora de acabar a revolução. Os jacobinos tinham como componentes a ala mais pobre da revolução, e consequentemente, os mais revolucionários. A planície ou pântano ficava em cima do muro, não tendo posições políticas definidas.
 
CURIOSIDADE: você já ouviu falar de partido de direita ou esquerda? Pois bem, essa nomeação vem desde a revolução, pois na convenção os partidos estavam divididos, na direita ficavam os girondinos, que eram mais reacionários e ligados aos ricos, na esquerda tinha os jacobinos, mais revolucionários e ligados ao povão.

GIRONDINOS E JACOBINOS
 
Durante um tempo os girondinos ficaram no poder, no entanto lançaram medidas que limitava a participação popular na vida política, voltando-se mais para o apoio a burguesia, tínhamos aí uma república burguesa. Esse período foi marcado pela guerra da França contra outros países, além de problemas com alimentação, tudo isso fez com que o povo se rebelasse contra os girondinos.
Os jacobinos aproveitaram a situação para tomar o poder, além de caçar e matar os principais líderes girondinos, resultando na fuga dos sobreviventes, aí teremos a formação da República Jacobina.
 
A HORA DO TERROR
 
Em meio à crise, com a guerra civil e o risco constante de serem invadidos, os jacobinos criaram o Comitê de Salvação Pública, que tinha por finalidade cuidar do exército e da administração do país. Durante o governo de jacobino haverá um conjunto de medidas que visaram democratizar a política, como maior participação do povo com o sufrágio universal, além de extinção da escravidão nas colônias. Durante esse período o principal líder foi Robespierre.
Depois a situação ficou mais crítica, iniciando a fase do terror, período em que muitos foram presos e condenados à morte por guilhotina, por serem tidos como inimigos da revolução, tal ação estava a cargo do tribunal revolucionário.
No entanto o terror foi tão grande que mesmo entre os jacobinos surgiu crise, resultando na morte de líderes do próprio partido, tal situação se somou a uma revolta por parte de grupos girondinos e monarquistas, resultando no que ficou conhecido como reação termidoriana.
 
O DIRETÓRIO
 
Nesse período a burguesia voltou ao poder, onde o mesmo era exercido pelo diretório, que perseguiu os jacobinos, no que ficou conhecido como terror branco, além de garantir que o povo não tivesse mais acesso ao poder. A administração do país foi entregue a um conselho, e posteriormente a um consulado, que era formado por três pessoas, dentre elas Napoleão Bonaparte, jovem general que se tornou herói para o povo.

Napoleão
É AGORA NAPOLEÃO!!
 
Com a crise e a guerra contra os outros países, os líderes burgueses temiam uma revolta popular ou monarquistas, assim apoiaram um golpe criando o consulado, que era formado por três pessoas, dentre elas, Napoleão, jovem general que se tornou herói. Aproveitando-se de sua fama e de uma política que buscou conciliar os interesses do povo e burguesia, Napoleão fez um conjunto de medidas políticas que o levara a ser coroado como imperador.
Buscando aumentar o poder do país, o imperador lançou-se a um expansionismo, aumentando o tamanho do território da França. Nisso acabou batendo de frente com o maior concorrente francês, a Inglaterra. Como no mar a marinha inglesa mandava, Napoleão usou como estratégia o bloqueio constitucional, que tinha como objetivo destruir a economia inglesa.
O problema é que muitos países não seguiram à risca essa ordem, fazendo com que Napoleão invadisse os país rebelde e substitui-se seu governante por alguém de sua confiança, mais aí gerava um probleminha! Para manter essa pessoa no poder ele tinha que manter parte de seu exército, o que
vinda da família real portuguesa para o Brasil
acaba diminuindo o mesmo.
 
CURIOSIDADE: Por ter já há muitos anos acordos comerciais com a Inglaterra, Portugal quebrou o acordo com Napoleão, assim o mesmo invadiu o país, mais antes disso a família real portuguesa fugiu para o Brasil, isso fez com que a colônia se tornasse capital do império
, trazendo muitas modificações.

A QUEDA DE NAPOLEÃO
 
A Rússia também desrespeitou o bloqueio continental, levando Napoleão a reunir um grande exército, com cerca de 600 mil soldados. No entanto, aquilo que pareceria uma vitória certa se mostrou um pesadelo para o imperador, tendo em vista que seus homens se depararam com um clima que não estavam acostumados, chegaram em meio ao rigoroso inverno russo. Os soldados russos se utilizavam da estratégia da terra arrasada, que consistia em destruir tudo que o exército inimigo pudesse usar, desde prédios até comida, assim com frio, fome e o ataque dos soldados inimigos os
Napoleão derrotado
600 mil soldados foram reduzidos a cerca de 60 mil. Assim, o mito do general invencível foi destruído, assim como o medo que muitos tinham por ele.
Nesse mesmo período Napoleão se afastou dos ideais revolucionários, se apoderando de práticas monárquicas, além disso, gastava muito para manter seus parentes no poder dos países pode ele tomado, e como se tudo isso não fosse o bastante a França, por causa de tantas guerras e péssimas colheitas estava cada vez mais destruída, aproveitando a situação países, como Inglaterra e Prússia, aproveitaram a situação para atacar o país, resultando na perda de Napoleão. Com isso o imperador foi obrigado a assinar o tratado de Fontainebleau, onde abdicava o trono da França, passando a receber uma pensão e a ter como seu território particular a ilha de Elba. Mais depois de um tempo Napoleão tentou mais uma vez recuperar seu poder, conseguiu, mais somente por 100 dias, no que ficou conhecido como governo dos 100 dias, vindo a ser mais uma vez preso, ficando na ilha de Santa Helena até sua morte.
 
E DEPOIS?
 
O trono da França foi entregue ao irmão do rei morto, que para amenizar a crise criou uma constituição que dava alguns direitos ao povo, como o de opinião e culto, mais concentrava o poder nas mãos da coroa, os que ainda me mantinham fiéis aos ideais de revolução e a Napoleão foram seriamente reprimidos.
Buscando restaurar a ordem, foi feita uma reunião em Viena, onde se criou dois princípios, o da legitimidade e do equilíbrio de poder. O Primeiro determinava que aqueles que foram retirados do poder por Napoleão, voltassem. O outro definia que os países vencedores da guerra contra Napoleão teriam o direito a aumentar suas colônias. Por fim, foi criado também a Santa Aliança, que foi criada para garantir as decisões do congresso de Viena e lutar contra as revoltas liberais.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Revolução Inglesa (2º Ano)

As revoluções inglesas do início do século XVII vieram representar um marco significante na vida europeia e na história da sociedade ocidental, uma vez que, pela primeira vez na história, a burguesia, aliada à pequena nobreza, assumiu o poder e lançou as bases necessárias para uma nova ordem, que se caracterizou pela hegemonia do parlamento.


            Esse processo revolucionário que se desenrolou na Inglaterra tem suas raízes nas mudanças socioeconômicas que vinham ocorrendo anteriormente. Durante a dinastia Tudor (1485 – 1603), a política mercantilista de monarcas poderosos, como Elizabeth I, ajudou o país a se transformar em uma grande potência econômica. Na época, ela liderava o ramo da indústria têxtil e o da produção de carvão, sendo, inclusive, uma das maiores potências marítimas. No início do século XVII, os comerciantes, industriais e armadores constituíam uma burguesia próspera e atuante.

 

AS MUDANÇAS DA SOCIEDADE INGLESA

 

 

Gentry

          
O capitalismo não se restringia às cidades inglesas; chegava também ao campo, onde a gentry (pequena nobreza rural) enriquecia a grande salto ao praticar a agricultura comercial. Todavia, mesmo sendo do campo, a gentry buscava se ligar à burguesia das cidades, tanto por meio de negócios, quanto por meio de casamentos.

            Outro grupo que vinha enriquecendo consideravelmente eram os yeomen (pequenos e médios proprietários rurais). Tanto os yeomen e os gentry produziam e vendiam lã e alimentos que eram exportados pela marinha mercante inglesa.

            Para continuar produzindo, alimentos e ovelhas (para a indústria têxtil), eles começaram a ampliar seus domínios, todavia para isso acontecer houve a expulsão do campo de camponeses e pequenos proprietários na prática que ficou conhecida como

Yeomen

cercamento.

            Em meio a realidade do cercamento, aqueles que eram expulsos de suas terras tornavam-se andarilhos, mendigos, ocorrendo também o êxodo rural, onde muitos iam para as cidades e transformando-se em mão de obra barata e altamente explorada. Outros iniciaram também um processo de imigração para a colônia inglesa na América, as 13 colônias.

            Com isso, nas cidades inglesas haviam dois mundos, um da rica burguesia mercantil e manufatureira e outro formado por uma massa de trabalhadores urbanos e de desempregados. A maior parte da burguesia inglesa era favorável à liberdade de produção, assim como de comércio, considerando, assim, a política monopolista e regulamentadora da monarquia inglesa, como prejudicial aos seus negócios.

 

O ACIRRAMENTO DAS TENSÕES

 

            No início do século XVII, a Inglaterra vivia a ascensão do nacionalismo, que se identificava com a causa protestante. Em 1588, o governo da rainha Elizabeth I, a Inglaterra conseguiu vencer a Armada Espanhola. O aumento da frota para enfrentar o poder marítimo espanhol, assim como outras políticas adotadas pela rainha para atender aos interesses da burguesia mercantil inglesa, acabaram desequilibrando as finanças do reino. Para resolver essa situação, o governo pediu empréstimos ao Parlamento e recorreu a outras medidas, como a venda de bens da coroa e concessão e venda de monopólios comerciais e industriais. Essas medidas acabaram impedindo o poder monárquico de seguir o exemplo e outros reinos europeus, que criaram fontes permanentes ou novas alternativas de recursos.

         

Rainha Elizabeth I

  
A morte de Elizabeth I, em 1603, criou um grave problema sucessório, pois a rainha não deixou herdeiros diretos. O trono passou então para seu primo, Jaime Stuart, eu já era rei da Escócia. O sucessor da rainha não recebeu dos ingleses muito apoio político e social, isso ocorreu, dentre outras coisas, pelo fato dele ser defensor da teoria dos direitos divinos do rei.

            A relação entre o monarca e seus súditos piorou em 1610, quando o rei tentou fugir ao controle financeiro do Parlamento e impôs medidas como o monopólio real sobre as indústrias de tecido. Valendo lembrar também que nesse período houve grandes movimentos migratórios em direção a colônia na América, onde muitos partiam para escapar da tirania da Coroa.

            Com a morte de Jaime I em 1625, assume seu filho Carlos Stuart, todavia ele foi obrigado a assinar a Petição de Direitos, que buscava diminuir o poder do monarca, através da proibição do rei de convocar o exército ou de adotar medidas econômicas sem a aprovação do parlamento. Mas o tiro saiu pela culatra e o novo rei acabou fazendo as mesmas coisas que seu pai, agindo de forma autoritária, sobretudo nas esferas econômicas e religiosa (Buscou impor o anglicanismo aos escoceses, que eram em sua maioria presbiterianos).

            Em 1634 o rei traz de volta uma antiga lei, um imposto que era específico de cidades portuárias, o ship Money, aliás, Carlos I não só trouxe de volta como expandiu para todas as cidades, ampliando o descontentamento.

            A insatisfação popular com tudo que vinha ocorrendo gerou uma crise política. O rei se viu pressionado, por uma situação fruto dele mesmo, a convocar o Parlamento, a Assembleia permaneceu funcionando entre os anos de 1640 e 1653, no que ficou conhecido como o longo Parlamento.


            Os representantes do povo passaram a defender reformas e a fazer oposição às iniciativas reais. A crise chegou ao ponto de ruptura quando eles exigiram o cumprimento da lei que proibia o rei de dissolver o Parlamento, além da convocação de reuniões pela Assembleia pelo menos uma vez a cada três anos. Em resposta a tudo isso o rei mandou fechar o Parlamento e prender seus principais líderes. Isso tudo levou a precipitação de uma longa guerra civil, que durou de 1642 a 1651, onde de um lado estava o rei Carlos I, apoiado pelos lordes e pela dissidência da pequena nobreza. Do outro lado, a Câmara dos Comuns.

 

PURITANOS VERSUS CAVALEIROS

 


            O Parlamento Inglês era formado por duas câmaras: Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns. A Câmara dos Lordes era formada pelos Lordes Espirituais (a alta cúpula da igreja Anglicana) e pelos Lordes Temporais (Nobres pertencentes a alta aristocracia que herdavam o lugar na Assembleia).

            A Câmara dos Comuns era composta de grandes burgueses e pelos gentlemen, ou seja, pertencentes à gentry. Os parlamentares representavam o conjunto da população, embora fossem formados apenas pelas pessoas de posses.

            As diferenças de classe, de origem social expressavam também as diferenças religiosas e políticas. Os lordes eram anglicanos, enquanto os comuns eram em geral presbiterianos (alta burguesia e a gentry) e puritanos (pequenos e médios burgueses, os yeomen, camponeses, artesãos, etc.). Eles deram ao parlamento uma arma poderosa, o Exército de novo tipo.

            Um traço interessante desse exército de novo tipo residia na liberdade de organização e discussão, o que fez desse grupamento armado uma sementeira de ideias políticas.

           


Nessas discussões, manifestavam-se grupos mais radicais que os puritanos, a exemplo dos Diggers e dos Levellers, que associavam diretamente a reforma religiosa e a luta política à revolução social.

            DIGGERS =  opunham-se a propriedade privada do solo e exigiam que as terras da Coroa, os terrenos comunais e ociosos fossem dados aos pobres.

            LEVELLERS = Defendiam a população do campo e exigiam completa liberdade religiosa e a igualdade de todos perante a lei.

            Eram esses, basicamente, os atores envolvidos no confronto entre o rei e o Parlamento de depois, um segundo momento da Revolução Inglesa, no conflito instaurado entre a Assembleia e os grupos de soldados puritanos unidos em torno de Oliver Cromwell.

 

DO REI AO LORDE PROTETOR

 

          


  Em meio à guerra civil, os presbiterianos assumiram a hegemonia do Parlamento, enquanto o exército mais radicalizado e comandado por Oliver Cromwell, vencia as batalhas e conquistava o país para os Comuns. Em 1646 estava terminada a primeira e mais importante fase do conflito, com a derrota de Carlos I. Entretanto, os presbiterianos, a ala mais moderada do Parlamento, tentaram estabelecer um acordo com a realeza, uma vez que não viam com bons olhos a maré de democracia popular defendida sobretudo pelo Exército de Novo Tipo. Isso acabou provando a radicalização do processo político.

            Em 1647, quando a maioria presbiteriana tentava desmobilizar o exército, o rei foi preso pelos soldados. Meses depois Carlos I fugiu para a ilha de Wight. Embora a ilha estive sob controle parlamentar, a fuga agravou a crise. Os realistas recobraram o ânimo, mobilizaram-se e iniciava, assim, uma nova fase da guerra civil, todavia, foram derrotados por Cromwell e outros chefes militares.

            A hegemonia na Câmara dos Comuns passou para as mãos dos puritanos, que excluíram os parlamentares moderados dispostos a negociar com o rei; em 1649, o rei foi decapitado por traição e se proclamou a República ou Commonwealth. A partir daí um Conselho de Estado governaria respondendo ao Parlamento, agora unicameral. Oliver Cromwell, presidente do Conselho de Estado, dividia-se entre as ações administrativas e militares. Em 1649 – 1650 uma rebelião de católicos e realistas explodiu, assim como em 1651 tropas escocesas que apoiavam o filho do rei decapitado iniciaram um levante, todavia ambas foram sufocadas pelo exército de Novo Tipo, terminando assim a guerra civil.

           


Na esfera político-administrativa o governo extinguiu as taxações e expediu o primeiro Ato de Navegação, beneficiando os setores mercantis e da construção naval.

            Mas os problemas se acumularam. A destruição causada pela guerra civil foi seguida por desastrosas colheitas, alto custo de vida, baixos salários e pesadas taxações. Embora Cromwell distribuísse terras na Irlanda aos veteranos como pagamento de soldos atrasados, a Inglaterra vivia uma situação política e econômica explosiva.

            A oposição não vinha apenas dos presbiterianos moderados e dos realistas. Os levellers e os Diggers sentiram-se enganados pelo governo republicano eu, segundo eles, não haviam implementado medidas de conteúdo democrático que tirassem a maioria da população da situação em que se encontravam.

            Todas essas manifestações de oposição foram aniquiladas pelo governo de Cromwell.

            Em 1653, diante da oposição dos conservadores e dos grupos radicais, Cromwell dissolveu o Parlamento, assumindo, no mesmo ano, o título de Lorde Protetor da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Entretanto, sua morte, em 1658, representou o golpe de misericórdia para a República, seu filho, Richard Cromwell, que não tinha a mesma influência do pai, foi deposto no ano seguinte.

            A história da República Puritana terminou com a tomada do poder pelos nobres realistas aliados à dissidência presbiteriana, e com a proclamação de Carlos II, filho do rei decapitado, como soberano da Inglaterra e da Escócia. Iniciou-se o período conhecido como Restauração Monárquica.

 

REVOLUÇÃO GLORIOSA

 


            Carlos II foi coroado graças à aristocracia e à alta burguesia. Em seu governo, o comércio e a indústria cresceram com rapidez e a ciência foi estimulada a partir do livre pensamento, da experimentação e de uma reforma educacional. Todavia, os atritos com o Parlamento continuaram a existir.

            A Restauração seguiu seu curso com a ascensão de Jaime II, irmão de Carlos II, que morreu sem herdeiros diretos. O novo rei, que era católico, logo se tornou impopular. Quando tentou isentar os católicos do pagamento de algumas taxas impostas a eles por motivos religiosos e indicou alguns líderes para cargos importantes do governo, foi afastado por um Golpe de Estado conhecido como Revolução Gloriosa (1688).

 

Mas como ocorreu essa Revolução?

 

Com o nascimento de Jaime Eduardo, filho e herdeiro de Jaime II, o Parlamento resolveu agir contra o rei, pois o novo filho se tornaria herdeiro do rei absolutista, perpetuando não apenas a dinastia de Jaime II, mas também a força da religião católica na Inglaterra. Os parlamentares se uniram à Maria Stuart, filha do rei, e seu marido, Guilherme de Orange, para se mobilizarem contra Jaime II. Essa aproximação se deu por conta da religião, ambos eram calvinistas.

Guilherme de Orange, em 1688, conseguiu convocar suas tropas, que prontamente cercaram Jaime II. Sem apoio político e muito menos militar, o rei inglês fugiu para a França, permanecendo lá até a sua morte. Destronado o rei absolutista, Guilherme de Orange e Maria Stuart foram coroados rei e rainha da Inglaterra. Porém, antes da coroação, os dois prestaram juramento ao Parlamento de que nunca se tornariam reis absolutistas, assinando assim o Toleration Act e o Bill of Right.

 

Qual a importância da Revolução Gloriosa?

 

A primeira grande importância da Revolução Gloriosa para a história da Inglaterra é que ela marca definitivamente a queda do absolutismo nesse país. Com isso, a Inglaterra confirmou-se como uma monarquia constitucional baseada nos princípios liberais, que foram fundamentais para o acontecimento de outras revoluções no século seguinte.

A monarquia constitucional parlamentarista da Inglaterra ficou ratificada por meio do Bill of Rights (Declaração dos Direitos), documento que Guilherme de Orange e Maria Stuart tiveram que assinar antes de serem coroados rei e rainha da Inglaterra. Esse documento decretava, por exemplo, que:

-  os impostos só poderiam ser aumentados mediante aprovação do Parlamento;

-  os reis estavam proibidos de expropriar propriedades privadas e não poderiam coibir a liberdade de expressão.

As determinações da Bill of Rights seguiam os interesses da burguesia inglesa, interessada na implantação dos valores liberais como forma de combater as doutrinas e os privilégios oriundos do absolutismo que impediam seu desenvolvimento econômico. A implantação de uma monarquia constitucional baseada nos princípios liberais foi fundamental para a Inglaterra, pois a nova política econômica que foi instalada permitiu que o país fosse pioneiro da Revolução Industrial no século seguinte.

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Dúvidas

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