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A todos que buscam conhecimento de uma maneira simples e descontraída




Muitas vezes achamos que tudo que sabemos, tudo que somos foi uma escolha nossa, sera?
Será que não apenas reproduzimos o que nossa sociedade é?
Será que realmente somos autônomos?


A história não é uma disciplina decorativa como muitos pensam, pelo contrário ela busca fazer com que as pessoas pensem, critiquem, reajam aos acontecimentos em sua volta, não como bonecos, marionetes, mas como seres consciêntes e capazes e mudar seu "destino".

PENSE, SINTA, VIVA HISTÓRIA

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A crise de 1929 (3º ano)






Contexto histórico

Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em pleno desenvolvimento, sobretudo as indústrias ligadas a guerra. Após o conflito a boa situação econômica americana somente aumentou, as indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países europeus, tendo em vista que os mesmos estavam mais voltados para sua reconstrução, fato que ampliou a dependência desses países com o capital americano. Toda essa situação fez com que os Estados Unidos da América se tornasse uma fábrica liberal, ou seja, o próprio governo pregava que o “negócio dos EUA são os negócios”, traduzindo, o país mergulhou em uma efervescência econômica, no entanto o governo não controlava o mercado, seguindo a ideia liberal do laissez-faire, o que acabou se mostrando perigoso.

A crise
Com toda a euforia econômica, as pessoas começaram a investir cada vez mais na bolsa de valores, vendo aí a possibilidade de enriquecerem, alimentando muito o sonho americano, que seria, dinheiro, dinheiro e mais dinheiro.
O problema é que a capacidade de consumo americana não conseguia acompanhar a produção, que
crianças passando fome durante a crise
estava cada vez maior com o aumento da tecnologia, um grande exemplo foi o desenvolvimento da linha de montagem por Henri Ford. Aliado a isso tivemos também a relação dos EUA com os países europeus, onde os investidores americanos acabavam preferindo investir internamente, trazendo muitos problemas para os países europeus, que por sua vez também começavam a buscar formas de investir em sua reestruturação econômica, resultando no início da diminuição das importações americanas. Além disso tudo, o poder aquisitivo do trabalhador não tivera muitos aumentos, graças ao pensamento liberal do governo, que teve como consequência o aumento do poder dos patrões em detrimento dos trabalhadores.
pessoas nas filas de sopa que eram distribuídas pelo governo
Como consequência tivemos: o atraso das amortizações, ou seja, do pagamento, da dívida externa dos países europeus, as fábricas americanas não paravam de produzir, não dando aumento de salários para os empregados, assim tudo virou uma bola de neve. Sem o pagamento da dívida por parte dos países europeus, os bancos tiveram que buscar outras formas de conseguir dinheiro, isso foi feito com as indústrias internas, que tiveram que arcar com todo o prejuízo, para reduzir tais prejuízos, demitiram funcionários, que por sua vez sem salário não podiam comprar, prejudicando outras empresas que buscavam resolver o problema demitindo seus funcionários, assim os produtos ficavam estocados sem ter quem comprasse, ou seja, um efeito
mãe desolada
dominó.

Mais como eu poderia resumir as causas? Simples! A principal causa foi a superprodução.

Mais como resolveram?

Buscando uma solução para o grave problema, os eleitores americanos decidiram eleger o democrata Franklin Delane Roosevelt à Presidência, na esperança de que ele reerguesse a economia americana. No ano de 1933, ele pôs em prática o  New Deal (novo acordo ou contrato), que fazia com que o governo passasse a controlar os preços e a produção das industrias e fazendas, ou seja, rompendo com a ideologia liberal. Assim foi possível controlar a inflação e evitar que houvesse acúmulo de estoques. O Plano também inseria investimentos em obras públicas, como a melhoria das estradas, ferrovias, energia elétrica, entre outros. Desta forma começaram a aparecer os primeiros resultados, havendo uma diminuição significativa do desemprego. Com a diminuição do desemprego, ocorreu a volta da circulação de capital, com pessoas comprando, que ao lado do controle da produção, fez com que o mercado voltasse a entrar no eixo.


Efeitos no Brasil 

A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira.

Mais quais foram as consequências de tudo isso?

Com a crise nos EUA, o mesmo buscou retomar o dinheiro que havia investido nos outros países, resultando na propagação da crise, tendo em vista que tais países não conseguiam quitar essas dívidas. Nisso os governos eleitos nesses países entraram em crise, resultando no fortalecimento da extrema direita, como o nazi fascismo, resultando em uma crise da democracia, que por sua vez resultou na II Guerra Mundial.


CURIOSIDADE: somente um país não sofreu com a crise de 1929, a URSS, isso devido seus planos quinquenais, que consistia no controle da economia pelo governo.




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Dúvidas

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