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Muitas vezes achamos que tudo que sabemos, tudo que somos foi uma escolha nossa, sera?
Será que não apenas reproduzimos o que nossa sociedade é?
Será que realmente somos autônomos?


A história não é uma disciplina decorativa como muitos pensam, pelo contrário ela busca fazer com que as pessoas pensem, critiquem, reajam aos acontecimentos em sua volta, não como bonecos, marionetes, mas como seres consciêntes e capazes e mudar seu "destino".

PENSE, SINTA, VIVA HISTÓRIA

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Processo de Colonização da América Inglesa



Introdução

A participação da Inglaterra na expansão marítima dos europeus para novas terras ocorreu posteriormente às empreitadas realizadas por Portugal e Espanha, que desde o século XV haviam se lançado às expedições no oceano Atlântico. Apesar da diferença temporal, a colonização inglesa na América do Norte foi importantíssima para o desenvolvimento econômico da Inglaterra e de suas colônias no norte do continente americano, conhecidas como as Treze Colônias.

A primeira tentativa de ocupação da América do Norte pelos ingleses ocorreu com Walter Raleigh, que organizou três expedições à região no fim do século XVI. Raleigh não conseguiu o sucesso esperado com as expedições, em virtude dos constantes ataques dos povos indígenas que habitavam o local. Mas por volta de 1607, Raleigh conseguiu constituir uma colônia na América do Norte: a Virgínia, nome dado em homenagem à rainha Elisabeth I, que era solteira.
A intensificação do processo colonizador se daria apenas na metade final do século XVII em decorrência das várias situações políticas e econômicas que ocorriam nas ilhas britânicas.  Após a vitória sobre a Invencível Armada, esquadra do rei espanhol Felipe II, comerciantes ingleses em conjunto com o Estado passaram a formar companhias de comércio marítimo, destacando-se a Companhia das Índias Orientais, o que intensificou os contatos com as terras americanas. Outro estímulo da Coroa inglesa foi dado às ações de pirataria nas águas do Atlântico.
Um grande impulso a esse comércio foi conseguido com a aprovação, em 1651, dos Atos de Navegação, que estipulavam que poderiam desembarcar nos portos ingleses apenas as mercadorias dos navios britânicos ou da nacionalidade de origem das mercadorias.
Paralelo a essa situação econômica, havia as disputas políticas e as questões sociais na Inglaterra, principalmente em torno das sucessões dinásticas, das perseguições religiosas e do despovoamento dos campos.
A perseguição religiosa aos puritanos, os calvinistas ingleses, principalmente depois da criação do anglicanismo com Henrique VIII, levou-os a se deslocarem para a América. O objetivo era criar espaços de vivência onde podiam exercer livremente seus preceitos religiosos. A primeira expedição de puritanos para a América do Norte ocorreu em 1620, quando o navio Mayflower atracou onde hoje se localiza o estado de Massachusetts. Nessa região, os puritanos criaram o primeiro núcleo de colonização, conhecido como Plymouth.

Além das disputas políticas e religiosas, que em períodos diferentes levaram anglicanos e puritanos à América, houve também a expulsão de grande parte da população camponesa dos campos, principalmente com os Cercamentos. Esse processo de cercamento de terras por grandes proprietários gerou um inchaço populacional urbano, contribuindo para que parte da população emigrasse para a América do Norte.

RESUMINDO

O processo de colonização da América Inglesa começou de forma tardia devido sobretudo crises internas, entretanto essas crises vão fazer com que muitos ingleses viessem para as colônias, fosse fugindo de perseguições religiosas, como é o caso dos puritanos nas colônias do norte, ou da pobreza, por terem perdido suas terras no processo de cercamento.

A servidão temporária

Muitos não tinha condições de arcar com as despesas da viajem da Europa para as colônias, a solução surgida foi o custeamento por parte de pessoas mais ricas com os custos das viagens dos mais pobres, todavia estes deviam trabalhar de graça para assim pagar as despesas.
As treze colônias 

A colonização dos Estados Unidos desenvolveu-se durante o século XVII, quase um século depois da colonização portuguesa e espanhola na América. A procura de liberdade religiosa, os conflitos políticos na Europa, a procura de melhores condições devida e o crescimento do comércio, foram as principais razões que motivaram a vinda de grandes levas de colonos, principalmente ingleses, para a América do Norte, fixando-se na costa do Oceano Atlântico, fazendo surgir as treze colônias inglesas.

obs:  As 13 colônias eram completamente independentes entre si, estando cada uma delas subordinada diretamente à metrópole. Porém como a colonização ocorreu a partir da iniciativa privada, desenvolveu-se um elevado grau de autonomia político-administrativa, caracterizada principalmente pela ideia do autogoverno.
Cada colônia possuía um governador, nomeado, e que representava os interesses da metrópole, porém existia ainda um Conselho, formado pelos homens mais ricos que assessorava o governador e uma Assembleia Legislativa eleita, variando o critério de participação em cada colônia, responsável pela elaboração das leis locais e pela definição dos impostos.
Apesar dos governadores representarem os interesses da metrópole, a organização colonial tendeu a aumentar constantemente sua influência, reforçando a ideia de "direitos próprios".


Antes de fazer a divisão é bom lembrar que As características climáticas contribuíram para a definição do modelo econômico de cada região, o clima tropical no sul e temperado no centro-norte. no entanto foi determinante o tipo de sociedade e de interesses existentes.

COLÔNIAS DO NORTE E CENTRO

Na região centro norte a colonização foi efetuada por um grupo caracterizado por homens que pretendiam permanecer na colônia (ideal de fixação), sendo alguns burgueses com capitais para investir, outros trabalhadores braçais, livres, caracterizando elementos do modelo capitalista, onde havia a preocupação do sustento da própria colônia, uma vez que havia grande dificuldade em comprar os produtos provenientes da Inglaterra.
A agricultura intensiva, a criação de gado e o comércio de peles, madeira, e peixe salgado, foram as principais atividades econômicas, sendo que desenvolveu-se ainda uma incipiente indústria de utensílios agrícolas e de armas. Em várias cidades litorâneas o comércio externo se desenvolveu, integrando-se às Antilhas, onde era obtido o rum, trocado posteriormente na África por escravos, que por sua vez eram vendidos nas colônias do sul: Assim nasceu o "Comércio Triangular", responsável pela formação de uma burguesia colonial e pela acumulação capitalista.

COLÔNIAS DO SUL 

Estas colônias estavam sujeitas às regulamentações do sistema colonial mercantilista, mas seu desenvolvimento fugiu dos padrões do sistema colonial, pois nem todas eram produtoras de matéria-prima ou consumidoras de produtos manufaturados da metrópole.
As colônias do sul eram grandes propriedades produtoras de algodão com mão de obra escrava, mas o mesmo não acontecia com as do centro e as do norte, onde a economia se baseava na policultura desenvolvida em pequenas e médias propriedades e no comércio de produtos excedentes dessa produção, que nem sempre estimulava trocas com a metrópole.







COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA

Introdução


A expansão do comércio europeu, a partir do século XV, impeliu várias nações europeias a


empreenderem políticas que visassem ampliar o fluxo comercial como forma de fortificar o estado econômico das nascentes monarquias nacionais. Nesse contexto, a Espanha alcança um estrondoso passo ao anunciar a existência de um novo continente à Oeste. Nesse momento, o Novo Mundo desperta a curiosidade e a ambição que concretizaria a colonização dessas novas terras.

Ao chegarem por aqui, os espanhóis se depararam com a existência de grandes civilizações capazes de elaborar complexas instituições políticas e sociais. Muitos dos centros urbanos criados pelos chamados povos pré-colombianos superavam a pretensa sofisticação das “modernas”, “desenvolvidas” e “civilizadas” cidades da Europa. Apesar da descoberta, temos que salientar que a satisfação dos interesses econômicos mercantis era infinitamente maior que o valor daquela experiência cultural.

 A CONQUISTA DA AMÉRICA HISPÂNICA

Desde o final do século XV, os europeus e ameríndios disputavam a posse do território


americano.

Os nativos usufruíam de um número muito maior que o conquistador, por exemplo, estima-se que em seu auge o império Asteca chegou a contar com cerca de 11 milhões de habitantes, o império Inca variou, segundo historiadores, entre 10 e 14 milhões, já os Maias (que não eram um povo unificado politicamente) contou com até 16 milhões de habitantes. Todavia mesmo assim, cedo ou tarde, acabaram sendo subjugados pelos conquistadores.

 Mas qual o motivo para isso?

 Os espanhóis tinham a vantagem nos equipamentos, como o uso de cavalos, canhões e armas


de fogo, tudo isso era desconhecido na América e teve forte impacto psicológico nas populações ameríndias. Ao longo do tempo os conquistadores se aliaram a povos inimigos das grandes civilizações ameríndias e mesoamericanas. Por fim as doenças trazidas pelos conquistadores, como varíola, sarampo, gripe, febre amarela e tifo, que dizimaram as populações nativas por não terem imunidade a elas. O contágio ocorreu através do contato direto, da água e alimentos contaminados, e por vezes de forma proposital, causando um colapso demográfico.

 

ATENÇÃO!

É óbvio que se você pensar bem, mesmo com todo o aparato tecnológico espanhol, estes poderiam ter sido emboscados, atacados mesmo antes de desembarcarem, o que poderia ter mudado todo o percurso da dominação, antes mesmo dela começar. Estando aí outro fator que facilitou a dominação, um aspecto da própria cultura ameríndia. A exemplo, os Astecas associaram os espanhóis a deuses que, segundo suas profecias, retornariam para dominar o império, fato esse que explicaria a recepção que foi dada aos europeus.

 

Depois da conquista, os colonizadores tomaram as devidas providências para assegurar os novos territórios e, no menor espaço de tempo, viabilizar a exploração econômica de suas terras. Sumariamente, a extração de metais preciosos e o desenvolvimento de atividades agroexportadoras nortearam a nova feição da América colonizada. Para o cumprimento de tamanha tarefa, além de contar com uma complexa rede administrativa, os espanhóis aproveitaram da mão de obra dos indígenas subjugados.

 

A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA CONQUISTA


A Espanha não estava muito disposta a gastar muito com o processo de colonização, nisso alguns indivíduos (muiiiito ricos) foram incentivados a assinar contrato com a Monarquia para explorar as novas terras com seus próprios recursos.


Esses homens ricos foram os primeiros a iniciar o processo de colonização, como foram os primeiros, os adiantados, receberam o título de adelantados (adiantados em espanhol), esses homens dispunham de grande autonomia, podendo fazer quase qualquer coisa em suas terras, como explorar economicamente, construir fortalezas, etc. Onde em troca, deveriam promover a cristianização dos nativos e entregar ao Estado um quinto da produção das terras que explorassem.

 

OBS: Se os adelantados dispunham de uma boa autonomia na colônia, de uma forma geral a


Coroa Espanhola buscava controlar com rigor o monopólio de exploração mercantil. Assim, em 1503 foi criado A Casa de Contratação, que era responsável pela gerência dos negócios coloniais, a garantia do monopólio do comércio, a fiscalização do quinto (imposto sobre a mineração e todas as transações comerciais colônias, onde o indivíduo teria que pagar a quinta parte de tudo que produzia ou explorava), nomeava funcionários, etc.

 

OBS: No mesmo período que se criou a Casa de Contratação, a Espanha também  estabeleceu um sistema comercial denominado de regime de porto único, que estabelecia, inicialmente, a exclusividade do porto de Sevilha em Espanha no comércio com as colônias. Tal ação buscava facilitar a tributação e controle, uma vez que a colônia espanhola na América era enorme.


ESTRUTURAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

 

No decorrer do processo de dominação, a Espanha buscou aprimorar o controle sobre sua colônia.

 - Nos centros mais importantes da colônia foram criados outros órgãos, um bom exemplo eram as Audiências, que serviam como unidade administrativa, ou seja, iam administrar essas regiões que eram mais importantes para coroa espanhola.

- Gradualmente, os territórios foram divididos em Vice-reinos, que representavam as regiões de grande valor econômico, como por exemplo, o vice-reino de Nova Espanha (México).

- Existiam também os cabildos, que serviam como espécie de câmara dos vereadores, que tinha como função cuidar das cidades. Sendo que os membros eram escolhidos entre os criollos (explicaremos mais adiante).

 


AS ATIVIDADE ECONÔMICAS E FORMAS DE TRABALHO

A base da economia nas colônias era a mineração de metais preciosos, sobretudo de prata.
Inicialmente os espanhóis recorreram ao trabalho de indígenas escravizados, notadamente o das mulheres, para extrair o ouro de aluvião de rios nas Antilhas e na América central. Os conquistadores também conseguiram se apoderar do ouro e das demais riquezas dos impérios que foram subjugados (Asteca e Inca). Todavia, no século XVI se descobriu prata em Potosi (Bolívia), representando uma grande mudança no cenário de exploração de metais preciosos.


 Obs: A extração da prata foi a atividade predominante na economia colonial da América hispânica, resultando em intensa ocupação da região mineradora.

 A forma que se dava essa exploração era por meio da mita, esse tipo de exploração se baseava no trabalho forçado dos nativos (por isso que não mataram todos, pois precisavam de escravos). A exploração dos nativos se dava basicamente através da encomienda e repartimiento.


1. Encomienda = Comunidades inteiras eram deslocadas para trabalho na agricultura e mineração.

Obs: O encomendeiro tinha a obrigação de catequisar os nativos e pagar tributos à Coroa Espanhola. Todavia foram muito criticados pela igreja devido à forma violenta que tratavam os nativos.

 2. Repartimiento = Possuía caráter obrigatório e temporário, onde nas aldeias, geralmente, os nativos eram sorteados, podendo ser levados para qualquer região da colônia.

Obs: Na maioria das vezes o trabalho era insalubre, recebendo um salário baixíssimo. Todavia, com o passar do tempo e a diminuição do número de nativos, foi substituído por trabalho assalariado livre.

 

ATENÇÃO!

Mesmo os olhares espanhóis se voltando principalmente para mineração, existia outras formas de produção, como a hacienda, que se destinava à exploração de produtos tropicais e subtropicais de exportação.




 

OBS: A hacienda espanhola tinha muitas similaridades com o plantation português, todavia não usava muito mão-de-obra escrava e nem se voltava totalmente para o mercado externo.

DIVISÃO SOCIAL

 Com a estruturação da dominação espanhola a sociedade mesoamericana e andina se estratificou, ocorrendo uma profunda desigualdade, sobretudo no acesso à riqueza e poder político.

 

1 – Chapetones (Nascidos na Espanha que moravam na colônia)

Eram a elite, possuindo os mais altos cargos da administração colonial

 2 – Criollos (Filhos de espanhóis que nasceram na colônia)

Eram, em geral, grandes proprietários de terras, minas e gado

 3 – Mestiços (Filhos de espanhóis com nativos ou africanos)

Eram livres, mas não possuíam direitos políticos.


 4 – Indígenas e africanos escravizados

 

A colonização deu origem a novos tipos de relações sociais, econômicas e políticas na América espanhola. A miscigenação e as uniões inter-raciais ocorreram em todos os níveis da população. No entanto esse processo de miscigenação foi acompanhado com um considerável preconceito social, onde os mestiços acabaram excluídos da sociedade, marginalizados.

Obs: A situação era ainda pior para os negros, resultando em numerosos conflitos, rebeliões que fracassaram e foram severamente punidas, com exceção da revolta que ocorreu no Haiti em 1791.

 

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