Um dos povos que mais trouxe
influências sobre a sociedade ocidental foram os povos clássicos, que nos
deixaram como herança aspectos ligados a política, a sociedade e a cultura.
A REGIÃO
relevo montanhoso |
PERIODIZAÇÃO
Período
Pré-Homérico (Creto-Micênico): (Séc. XX a XII a.C.), Período de
povoamento da Grécia antiga.
Período
Homérico: (1100 e 800 a.C.), período que teriam sido criados os poemas
Ilíada e Odisséia, atribuídos ao poeta Homero.
Período
Arcaico: (800 a 500 a.C.) caracterizado pela formação da cidade-estado
grega, a pólis.
Período
Clássico: (entre V e IV a.C.) período no qual as cidades gregas
atingiram seu apogeu cultural, e consolidando a cidade-estado como forma de
organização política.
Período
Helenístico: (336 a 146 a.C.) decadência da pólis grega, caíram sob
domínio macedônico e posteriormente romano.
PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO: MAIS COMO SE DEU A FORMAÇÃO DA GRÉCIA ANTIGA?
A população da Grécia foi formada
pela junção de quatro povos: Aqueus, jônios, eólios e dóricos. A mistura desses
povos não se deu de forma pacífica, sendo a mistura gerada por guerra, ou seja,
um povo ia chegando, conquistando o que já estava e ficando no lugar.
CURIOSIDADE: Os primeiros povos a chegar
foram os Aqueus, que dominaram os povos que já existiam na região, os
cretenses, essa guerra criou a lendária guerra de Tróia. Após vieram os
dóricos, que sendo mais bem armados dominaram toda a região, causando a fuga
das cidades, no que ficou conhecido como “Primeira Diáspora Grega”, essa
invasão gerou um fenômeno chamado de “período obscuro” ou “idade das trevas gregas”, pois os povos
retrocederam em muitos aspectos, por exemplo, deixaram de usar o alfabeto.
PERÍODO HOMÉRICO: Formação das bases da sociedade grega.
O que se conhece sobre esse
período está ligado aos poemas Ilíada e
Odisseia, que são atribuídos ao poeta Homero. Nesse período a sociedade se
caracterizou pela genos, que eram
agrupamentos familiares, ou seja, um grupo de pessoas que acreditava pertencer
à mesma família, terem o mesmo antepassado. Esse grupo era dominado pelo pater famílias, que em tradução
significa o pai da família, que possuía poderes políticos e religiosos, assim
ele era ao mesmo tempo uma espécie de prefeito e ao mesmo tempo padre, esse
tipo de sistema também é chamado de sistema gentílico, ou seja, se baseava na gentileza entre os integrantes do
grupo.
Com um tempo esse tipo de sistema
caiu, sobretudo pelo aumento na quantidade de pessoas, onde as terras não
conseguiam mais suprir as necessidades do povo, assim começou a surgir a
divisão da sociedade, sendo que os familiares do líder, os eupátridas (bem-nascidos), ficavam com as melhores terras.
PERÍODO ARCAICO: FORMAÇÃO DAS CIDADE-ESTADOS.
A cidade-estado eram
independentes umas das outras, sendo que na maioria das vezes guerreavam entre
si. Em geral as cidades eram dominadas pelos eupátridas, ao longo dos anos a
crise entre os mais ricos, que possuíam todos os direitos, e os mais pobres,
que não possuíam nenhum direito, aumentou. Para solucionar tal problema os
eupátridas promoveram uma colonização das terras na região do Mar Negro e Mediterrâneo,
tal processos ficou conhecido como Segunda
Diáspora Grega.
ESPARTA
ruínas de Esparta |
CURIOSIDADE: Por ter
condições favoráveis à agricultura, não estimularam a atividade comercial,
fazendo com que os espartanos não se voltassem imediatamente a colonização.
COMO ERA A EDUCAÇÃO EM ESPARTA?
A educação espartana, que recebia o nome técnico de agogê,
apresentava as particularidades de estar concentrada nas mãos do Estado e de
ser uma responsabilidade obrigatória do governo. Estava orientada para a
intervenção na guerra e a manutenção da segurança da cidade, sendo particularmente
valorizada a preparação física que visava fazer dos jovens bons soldados e
incutir um sentimento
patriótico. Nesse treinamento educacional eram muito
importantes os treinamentos físicos, como salto, corrida, natação, lançamento
de disco e dardo.
Batalha das Thermopilas |
COMO ERA A SOCIEDADE?
A sociedade espartana era fortemente estratificada, sem qualquer
possibilidade de mobilidade entre os três grupos existentes: os Esparciatas,
os Periecos e os Hilotas.
Os Esparciatas eram os únicos com
direitos políticos, filhos de mães e pais espartanos. Já os Periecos eram
formados por pessoas livres mais sem direitos políticos. Por último temos os hilotas
que eram os escravos.
CURIOSIDADE: As mulheres espartanas eram as que mais possuíam direitos,
em comparação com as outras cidades, podendo inclusive administrar as finanças
da família.
ATHENAS
Situada
na região da Ática, sul da Grécia, tinha o porto de Pireu um centro irradiador
para expansão. Cercada por montanhas, foi poupada das invasões dóricas e da
dominação imposta por um único povo indo-europeu.
Durante muito tempo, foi
governada por monarcas, até que o último basileu foi derrubado pela
aristocracia, que estabeleceu um regime oligárquico. Tal regime se fundava no
arcontado, órgão de poder formado por indivíduos com mandatos anuais.
De todas as cidades foi a que
mais influenciou a sociedade moderna, lançando as bases da política e
democracia.
COMO ERA A SOCIEDADE?
Era dividida entre:
Cidadãos(Eupátridas ) - A este grupo pertenciam os homens residentes em Atenas e filhos de pais ateníenses, com 18 anos (ou mais), serviço militar
cumprido e com alguma riqueza. Metecos (estrangeiros) - sem privilégios
políticos. Podiam, entretanto, exercer atividades sociais e intelectuais. Gordoi
ou georgoi – pequenos proprietários. Demiurgos- Grandes
comerciantes. Escravos - Muitos deles ocuparam posição de destaque
na educação do jovem ateniense e nas realizações intelectuais.
ASPECTOS POLÍTICOS
TENSÃO SOCIAL
-
A expansão pelo mediterrâneo provocou profundas
alterações na estrutura econômica e social ateniense.
-
Visando superar esse quadro surgem vários
legisladores com propostas para atenuar essa situação. Os mais importantes
foram:
DRÁCON: Criação de um
rigoroso código de leis, para obter um controle maior do Estado (Repressão),
como por exemplo o crime passa a ser julgado pelo Estado e as manifestações
sociais são reprimidas. Além, de severo o Código de Drácon manteve os
privilégios sociais e políticos já existentes.
SÓLON: Acabou com a
escravidão por dívida (hectomoro); As mudanças de Sólon favoreceram os
demiurgos que passaram a exigir alterações políticas e sociais, pois os
critérios de riqueza passaram a determinar riqueza favorecendo os demiurgos; As
reformas de Sólon prejudicaram a aristocracia, que perderam parte de seus
privilégios, e o povo que esperava reformas mais profundas.
-
As reformas de Sólon não agradaram a elite
eupátrida, o que intensificou a crise, culminando com o advento das tiranias,
que tinha no apoio popular sua base de sustentação. Psistrato, Hiparcos ,
Hípias.
-
Em 510 a.C. Clístenes (pai da democracia) liderou uma rebelião
contra o último tirano, derrubando-o e iniciando reformas que culminariam na
implantação da democracia e na pacificação da polis. ( uso do ostracismo; as
reformas de Clístenes encerraram o período arcaico ateniense e deram início ao
período clássico).
-
A democracia era considerada pelos gregos como
um regime político perfeito, na medida que todo cidadão poderia participar da
Eclésia.
CURIOSIDADE: Apesar de terem inventado a democracia, a democracia
ateniense era diferente da atual, pois somente podiam participar os homens,
livres e maiores de 18 anos, excluídos todos os demais.
PERÍODO CLÁSSICO: Ao mesmo tempo que será o período de auge da
Grécia, será também seu fim.
Como demonstração do poder das
cidades gregas teremos sua vitória sobre o poderoso exército persa nas guerras conhecidas
como médicas, uma guerra criada pela
rivalidade econômica entre esses dois povos. Já o fim dos gregos vai ser consequência
justamente de sua vitória contra os persas, pois para defender a região de
futuras batalhas se criou a Liga de
Delos, que era uma espécie de associação de cidades-estados, o problema é
que Athenas se aproveitou para enriquecer, gerando atrito com outras cidades,
sobretudo Esparta, que para enfrentar a rival findou a Liga do Peloponeso, que era outra associação. Tal situação gerou
uma grande guerra que enfraqueceu os gregos, facilitando sua conquista pelos
Macedônios.
PERÍODO HELENÍSTICO: Os gregos serão conquistados mais sua cultura
irá influenciar seus conquistadores e o mundo.
O grande feito das conquistas de
Alexandre, rei da Macedônia foi a propagação da cultura grega, mas tendo como
diferença a grande dosagem de caracteres orientais- helenismo. Tendo como principais
centros Alexandria (no Egito), Pérgamo (Ásia maior) e a ilha de Rodes no mar
Egeu.
A cultura helenística
caracterizou-se por apresentar uma arte mais realista, exprimindo violência e dor,
componentes constantes nos novos tempos de guerra. Na arquitetura predominou o
luxo e a grandiosidade. Na escultura, turbulência e agitação eram traços
significativos.
O helenismo originou ainda novas
correntes filosóficas, tais como:
ESTOICISMO: Defendendo a
felicidade como elemento de equilíbrio interno, o que ajudava o homem a
aceitar, com serenidade, a dor e o prazer, a aventura e o infortúnio.
EPICURISMO: Pregava a obtenção do
prazer, base da felicidade humana, e defendia o alheamento dos aspectos
negativos da vida.
CETICISMO: Caracterizava-se,
essencialmente, pelo negativismo e defendia que a felicidade consiste em não
julgar coisa alguma.
O helenismo ainda acrescentou à
cultura grega o despotismo, segundo o qual a autoridade do governante era
indispensável e inquestionável.
Com a morte de Alexandre e o esfacelamento de
seu império a Grécia fora dominada pelos romanos.
CULTURA DA GRÉCIA ANTIGA
Os gregos tinham conflitos e diferenças entre si, mas muitos elementos
culturais em comum. Falavam a mesma língua (apesar dos diferentes dialetos e
sotaques) e tinham religião comum, que se manifestava na crença nos mesmos
deuses. Em função disso, reconheciam-se como helenos (gregos) e chamavam
de bárbaros os estrangeiros que não falavam sua língua e não tinham seus
costumes, ou seja, os povos que não pertenciam ao mundo grego (Hélade). Sua
religião era políteísta e antropomorfica, ou seja, muito deuses, e tais deuses
possuíam características humanas, na verdade só se diferenciavam dos humanos
por serem imortais.
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