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Muitas vezes achamos que tudo que sabemos, tudo que somos foi uma escolha nossa, sera?
Será que não apenas reproduzimos o que nossa sociedade é?
Será que realmente somos autônomos?


A história não é uma disciplina decorativa como muitos pensam, pelo contrário ela busca fazer com que as pessoas pensem, critiquem, reajam aos acontecimentos em sua volta, não como bonecos, marionetes, mas como seres consciêntes e capazes e mudar seu "destino".

PENSE, SINTA, VIVA HISTÓRIA

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Egito Antigo (1º Ano)



“Egito dádiva do Nilo”  (Herodoto)

Introdução

Egito Antigo é a expressão que define a civilização da Antiguidade que se desenvolveu no canto nordeste do continente africano, tendo como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo. As primeiras tentativas de povoamento ocorreram ainda durante o Neolítico
Ao longo da história egípcia, a organização político-social estruturou-se em torno da terra e dos canais de irrigação, tendo o Estado despótico o controle de toda a estrutura econômica, social e administrativa.
A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas.Durante a sua longa história o Egito conheceria três grandes períodos marcados pela estabilidade política, prosperidade econômica e florescimento artístico, intercalados por três períodos de decadência.

Aspectos a serem considerados

A antiga cultura egípcia sobreviveu por 30 séculos (3500aC e 525aC), onde influenciou outros povos da época. Era semelhante em alguns aspectos às sociedades mesopotâmicas, como as crenças politeístas (crença em vários deuses), as desigualdades sociais, as atividades econômicas dependentes das águas dos rios, a escrita.
Eram diferentes na forma de governo – governo unificado (único); crença na vida após a morte e os conhecimentos de medicina.
O Egito também enfrentou várias invasões de povos estrangeiros e acabou dominado pelos persas em 525 aC.

O Rio Nilo

Como a região era desértica, o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios.
O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas.
As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.
Nos meses das cheias, as águas do rio invadiam as margens, deixando as terras úmidas e prontas para o plantio.
A cheia anual do rio Nilo era provocada no vale egípcio, porque seu maior afluente – o rio Nilo Azul -, que vinha das montanhas da Etiópia, trazia grande quantidade de água das chuvas. Os dois rios encontravam-se formando um só.
Quando as águas chegavam ao vale egípcio, em pleno deserto, o rio subia cerca de 16 metros e provocava as cheias que tornaram possível a civilização egípcia.
O primeiro dia de cheia era considerado o primeiro dia do ano egípcio.
Mas as cheias também traziam prejuízos porque, algumas vezes, eram muito violentas e destruíam as plantações e as aldeias.
Os egípcios construíram canais de irrigação, barragens e grandes reservatório para melhor utilizar a água, armazenando-a e abastecendo as regiões mais distantes do vale.





Sociedade

A sociedade do Antigo Egito apresentava uma estrutura fortemente hierarquizada. Em termos gerais podem distinguir-se três níveis com uma importância decrescente: o nível composto pelo faraó, nobres e altos funcionários; o nível constituído por outros funcionários, por escribas, altos sacerdotes e generais; e por último, o nível composto pelos agricultores, artesãos e sacerdotes, onde se enquadrava a larga maioria da população.

DOMINANTES
- faraó e família- este ficava acima de todos,
por isso ocupa o topo da pirâmide.
- sacerdotes- senhores das crenças e dos cultos,
presidiam as cerimônias e administravam
o patrimônio dos templos, além de desfrutar
da riqueza que vinha das ofertas do povo.
- escribas- trabalhavam na administração.
Sabiam ler, contar e escrever. Serviam também
como fiscais, e organizadores de leis.
DOMINADOS
- artesãos- trabalham na cidade em várias funções desde barbeiros até tecelões, ceramistas. Também trabalhavam na construção de templos. Viviam na pobreza.
- felás-  camponeses, a maioria da população, viviam em miséria,
- escravos- presos de guerra. Trabalhavam em serviço pesado. Embora vivessem em condições precárias ainda tinham alguns direitos civis, como casar com alguém livres ter bens e outros.

OUTROS ASPECTOS DA SOCIEDADE

- Apesar de ser praticamente igual ao homem do ponto de vista legal, a mulher no Antigo Egito estava relegada a uma posição secundária. Exceto na esfera religiosa, durante a Época Baixa o cargo de adoradora divina de Amon em Tebas implicou uma certa dose de poder e riqueza.
-  O casamento era monogâmico e não era sancionado pela religião. Não existia uma cerimônia de casamento, nem um registro deste. Aparentemente bastava um casal afirmar que queria coabitar para que a união fosse aceite. Os homens casavam por volta dos dezesseis, dezoito anos e as mulheres por volta dos doze, catorze anos.
-  Na corte faraônica existiram casos de bigamia e de poligamia, onde o rei, para além da esposa principal, mantinha várias esposas secundárias e amantes.


ECONOMIA

 A economia do Antigo Egito assentava na agricultura. Em teoria todas as terras pertenciam ao rei, mas a propriedade privada foi uma realidade. Os documentos revelam que a partir da IV dinastia afirmou-se uma tendência para a privatização do solo, resultado de doações de terras por parte do rei aos funcionários ou da aquisição desta por parte dos mesmos. Por altura da V dinastia os templos possuíam também grandes propriedades. 

Política

A maior característica política egípcia configurava-se como império teocrático de regadio. Ou seja, o rei era considerado um deus vivo que controlava a água e seu uso.




RELIGIÃO

A religião egípcia é tradicionalmente classificada como uma religião politeísta, conhecendo-se mais de duas mil divindades. Tratava-se de uma religião nacional, sem aspirações universais, que não era detentora de uma escritura sagrada. O mais importante na religiosidade egípcia não eram as crenças, mas o culto às divindades; assim, a religião egípcia preocupava-se mais com a ortopraxia do que com a ortodoxia. Alguns deuses eram adorados localmente, enquanto que outros assumiam um caráter nacional, sobretudo quando estava associados com determinada dinastia.

CARACTERÍSTICAS:
-          As representações dos deuses poderiam ser antropomórficas (forma humana), zoomórficas (forma de animal) ou uma combinação de ambas.
-          Os templos no Antigo Egito eram a morada da divindade na terra. Ao contrário dos templos religiosos de hoje em dia, eles não eram acessíveis às pessoas comuns: apenas poderiam penetrar nas suas regiões mais sagradas, o faraó e os sacerdotes.
-          Os Egípcios acreditaram numa vida para além da morte. Em princípio esta vida estava apenas acessível ao rei, mas após o Primeiro Período Intermediário esta concepção alargou-se a toda a população. Para aceder a esta vida era essencial que o corpo do defunto fosse preservado, razão pela qual se praticou a mumificação.
-           Tribunal de Osíris (julgamento no mundo dos mortos em que se pesava o coração)



O LEGADO DO EGITO

-Apesar da civilização egípcia ter terminado há dois mil anos, parte do seu legado continua vivo no mundo atual.
-  Calendário.
-  Algumas palavras da língua portuguesa, como alquimia, química, adobe, saco, papel, gazela e girafa, têm origens na língua egípcia. De igual forma, certas expressões, como "anos de vacas magras", são também de origem egípcia.
-  As crianças do Antigo Egito já brincavam a "macaca", tal como o fazem as crianças de hoje em dia, e os adultos apreciavam um jogo de tabuleiro, conhecido como Senet.
-  A nível arquitetônico, estão presentes no mundo contemporâneo certos elementos da arquitetura do Antigo Egito como o obelisco.
-   Acreditasse que os egípcios foram os primeiros a usar alianças. Concepção de que o coração é o centro das emoções.



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