Sejam Bem Vindos!!!!!

A todos que buscam conhecimento de uma maneira simples e descontraída




Muitas vezes achamos que tudo que sabemos, tudo que somos foi uma escolha nossa, sera?
Será que não apenas reproduzimos o que nossa sociedade é?
Será que realmente somos autônomos?


A história não é uma disciplina decorativa como muitos pensam, pelo contrário ela busca fazer com que as pessoas pensem, critiquem, reajam aos acontecimentos em sua volta, não como bonecos, marionetes, mas como seres consciêntes e capazes e mudar seu "destino".

PENSE, SINTA, VIVA HISTÓRIA

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Introdução ao Estudo de História (1º Ano)



História

História (do grego antigo historie, que significa testemunho, no sentido daquele que vê) é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. Por metonímia, o conjunto destes processos e eventos. A palavra história tem sua origem nas «investigações» de Heródoto, cujo termo em grego antigo é Ἱστορίαι (Historíai). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes.
O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados. Esse estudo, do ponto de vista europeu, divide-se em dois grandes períodos: Pré-História e História.
Os historiadores usam várias fontes de informação para construir a sucessão de processos históricos, como, por exemplo, escritos, gravações, entrevistas (História oral) e achados arqueológicos. Algumas abordagens são mais frequentes em certos períodos do que em outros e o estudo da História também acaba apresentando costumes e modismos (o historiador procura, no presente, respostas sobre o passado, ou seja, é influenciado pelo presente).
Os eventos anteriores aos registros escritos pertencem à Pré-História e às sociedades que co-existem com sociedades que já conhecem a escrita (é o caso, por exemplo, dos povos celtas da cultura de La Tène) pertencem à Proto-História.

As concepções formais da História

Em sua evolução, a História se apresentou pelo menos de três formas. Do simples registro à análise científica houve um longo processo. São elas:
• História Narrativa ou Episódica - O narrador contenta-se em apresentar os acontecimentos sem preocupações com as causas, os resultados ou a própria veracidade. Também não emprega qualquer processo metodológico.
• História Pragmática - Expõe os acontecimentos com visível preocupação didática. O historiador quer mudar os costumes políticos, corrigir os contemporâneos e o caminho que utiliza é o de mostrar os erros do passado. Os gregos Heródoto e Tucídides e o romano Cícero ("A Historia é a mestra da vida") representam esta concepção.
• História Científica - Agora há uma preocupação com a verdade, com o método, com a análise crítica de causas e conseqüências, tempo e espaço. Esta concepção se define a partir da mentalidade oriunda das idéias filosóficas que nortearam a Revolução Francesa de 1789. Toma corpo com a discussão dialética (de Hegel e Karl Marx) do século XIX e se consolida com as teses de Leopold Von Ranke, criador do Rankeanismo, o qual contesta o chamado "Positivismo Histórico" (que não é relacionado ao positivismo político de Augusto Comte) e posteriormente com o surgimento da Escola dos Annales, no começo do século XX.
• História dos Annales (Escola dos Annales) - Os historiadores franceses Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram em 1929 uma revista de estudos, a "Annales d'histoire économique et sociale",[1][2] onde rompiam decididamente com o culto aos heróis e a atribuição da ação histórica aos chamados homens ilustres, representantes das elites. Para estes estudiosos, o cotidiano, a arte, os afazeres do povo e a psicologia social são elementos fundamentais para a compreensão das transformações empreendidas pela humanidade.


As concepções filosóficas da História


Ainda no século XIX surgiu a discussão em torno da natureza dos fenômenos históricos. A que espécie de preponderância estariam ligados? Aos agentes de ordem espiritual ou aos de ordem material? Antes disso, a fundamental teológica fez uma festa na mente cordata do povo.

• Concepção Providencialista - Segundo tal corrente, os acontecimentos estão ligados à determinação de Deus. Tudo, a partir da origem da terra, deve ser explicado pela Providência Divina. No passado mais remoto, a religião justificava a guerra e o poder dos governantes. Na Idade Média Ocidental, a Igreja Católica era a única detentora da informação e, naturalmente, fortificou a concepção teológica da História. Santo Agostinho, no livro "A Cidade de Deus", formula essa interpretação. No século XVII, Jacques Bossuet, na obra "Discurso Sobre a História Universal", afirma que toda a História foi escrita pela mão de Deus, E no século passado, o historiador italiano Césare Cantu produziu uma "História Universal" de profundo engajamento providencialista.

• Concepção Idealista - Teve em Georg Wilhelm Friedrich Hegel, autor de "Fenomenologia do Espírito", seu corporificador. Defende que os fatos históricos são produto do instinto de evolução inato do homem, disciplinado pela razão. Desse modo, os acontecimentos são primordialmente regidos por ideias. Em qualquer ocorrência de ordem econômica, política, intelectual ou religiosa, deve-se observar em primeiro plano o papel desempenhado pela idéia como geradora da realidade. Para os defensores dessa corrente, toda a evolução construtiva da humanidade tem razão idealista.

• Concepção Materialista - Surgiu em oposição à concepção idealista, embora adotando o mesmo método dialético. A partir da publicação do Manifesto Comunista de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels lançam as bases do Materialismo Histórico, onde argumentavam que as transformações que a História viveu e viverá foram e serão determinadas pelo fator econômico e pelas condições de vida material dominantes na sociedade a que estejam ligadas. A preocupação primeira do homem não são os problemas de ordem espiritual, mas os meios essenciais de vida: alimentação, habitação, vestimenta e instrumentos de produção. No prefácio de "Crítica da Economia Política", Karl Marx escreveu: "As causas de todas as mudanças sociais e de todas as revoluções políticas, não as devemos procurar na cabeça dos homens, em seu entendimento progressivo da verdade e da justiça eternas, mas na vida material da sociedade, no encaminhamento da produção e das trocas".

• Concepção Psicológico-social - Apóia-se na teoria de que os acontecimentos históricos são resultantes, especialmente, de manifestações espirituais produzidas pela vida em comunidade. Segundo seus defensores, que geralmente se baseiam em Wilhelm Wundt ("Elementos de Psicologia das Multidões"), os factos históricos são sempre o reflexo do estado psicológico reinante em determinado agrupamento social.


Documentos e fontes históricas


Não se passa pela vida sem deixar marcas. Um objeto, uma canção, uma hipótese formulada… são traços da passagem do homem. "Todo e qualquer vestígio do passado, de qualquer natureza", define o documento histórico. Mais o que seria a fonte histórica? Podemos de uma maneira bem simples responder que fonte histórica é tudo aquilo que foi produzido pelo homem e consequentemente é estudado pela história.
De uma maneira bem simples podemos dividir as fontes em dois tipos básicos:

FONTE MATERIAL: é toda fonte que pode ser tocada pelo homem (ex: cartas, livros, revistas, prédios, etc.)

FONTE IMATERIAL: é toda fonte que pode ser contemplada (ouvida ou vista) mais não pode ser tocada (ex: histórias dos mais velhos, as melodias das músicas)

Anacronismo


É quando nos utilizamos de um termo ou conceito de uma época em outra.


Mais como o historiador trabalha?

Antes de mais nada não podemos nos esquecer de uma coisa, Marc Bloch afirmou que o historiador é filho de seu tempo, ou seja, o historiador vai ser influenciado pela sociedade em que nasceu. Como assim? Imaginem uma sociedade machista (idade média por exemplo), se um historiador for escrever algo sobre as mulher irá fazê-lo de uma forma preconceituosa, de igual forma, se o historiador nasceu em uma sociedade que prega a igualdade, ele quando escrever algo sobre a mulher irá fazer isso sem preconceito.

Depois de dito isso, devemos ter consciência que o historiador trabalha como um investigador dos filmes policiais, primeiro ele tem uma pergunta, estudando e investigando ele levanta hipóteses, depois ele escolhe a que mais se adequa.
Como assim? Imagine você como um pesquisador sobre os escravos que já morreram a mais de 200 anos, você não estava  lá, então não tem como saber "a verdade", mediante sua pesquisa você levanta hipóteses, e no decorrer do tempo você irá perceber se essa hipótese é boa ou não, na verdade, na história não existe essa noção de verdade ou mentira.

A noção de tempo para a história

Para a história não existe uma noção de tempo e sim tempo, com exemplo:

TEMPO CRONOLÓGICO: é toda forma de marcação de tempo (relógio, calendário, etc.);


"A referência de maior aceitação para se contar o tempo, atualmente, é o 'nascimento de Cristo'. Mas já houve outras referências importantes no Ocidente: os gregos antigos tinham como base cronológica o início dos jogos olímpicos; os romanos, a fundação de Roma. Ainda hoje, os árabes contam seu tempo pela Hégira, a emigração (não fuga) de Maomé de Meca para Medina"


TEMPO HISTÓRICO: é o tempo institucionalizado, onde se busca dividir a história para facilitar seu estudo, ex. pré-história, período clássico, idade média, idade moderna, idade contemporânea;
TEMPO SOCIAL: faz referência a experiências individuais e sociais, ex. aquilo que se achava bonito a 200 anos é considerado feio agora.

Linha de tempo ou linha historiográfica



Visões sobre a História

• "O homem não vive somente de pão; a História não tinha mesmo pão; ela não se alimentava se não de esqueletos agitados, por uma dança macabra de autômatos. Era necessário descobrir na História uma outra parte. Essa outra coisa, essa outra parte, eram as mentalidades". (Jacques Le Goff)
• "A História procura especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. As transformações são a essência da História; quem olhar para trás, na História de sua própria vida, compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e também é válido para a sociedade. Nada permanece igual e é através do tempo que se percebe as mudanças".
• "A História como registro consiste em três estados, tão habilmente misturados que parecem ser apenas um. O primeiro é o conjunto dos factos. O segundo é a organização dos factos para que formem um padrão coerente. E a terceira é a interpretação dos factos e do padrão". (Henry Steele Commager)
• "Sem a História nós estaríamos em um eterno recomeço, não teríamos como avaliar os erros do passado, para não errarmos novamente no futuro". (Rafael Hammerschmidt)

 Principais corrente teóricas historiográficas

HISTÓRIA POSITIVISTA: foi a primeira corrente historiográfica, como buscavam que a história fosse tratada como ciência, transferiram algumas características das ciências exatas. Seu historiadores buscam a verdade absoluta ao estudar fatos e documentos oficiais;

HISTÓRIA MARXISTA:  baseado no pensamento de Karl Marx, os historiadores dessa corrente levam em conta  o aspecto econômico e sua influência na sociedade, onde a "luta de classe seria o motor da história";

HISTÓRIA DOS ANNALES: essa escola vai abrir a visão historiográfica para a interdisciplinaridade, enriquecendo a analise histórica, ampliando sua visão para todos fatos ligados ao homem.

Os povos Pré- Colombianos (2º Ano)


POVOS PRÉ-COLOMBIANOS

A era pré-colombiana incorpora todas as subdivisões periódicas na história e na pré-história das Américas, antes do aparecimento dos europeus no continente americano, abrangendo desde o povoamento original no Paleolítico Superior à colonização europeia durante a Idade Moderna.

Muitas civilizações nativas ao continente estabeleceram no período Pré-Conquista características e marcas que incluíam assentamentos permanentes ou urbanos, agricultura, e arquitetura cívica e monumental e complexas hierarquias sociais. Algumas dessas civilizações já tinham desaparecido antes da primeira chegada permanente dos europeus (c. final do século XV - início do século XVI), e são conhecidas apenas através de pesquisas arqueológicas. Outras foram contemporâneas com este período e também são conhecidos através de relatos históricos da época. Algumas, como os maias, tinham seus próprios registros escritos. No entanto, a maioria dos europeus da época viam esses textos como heréticos e muitos foram destruídos em piras cristãs. Apenas alguns documentos secretos continuam intactos, deixando os historiadores modernos, com lampejos dessas culturas e conhecimentos antigos.

Embora tecnicamente referindo-se a era antes de viagens de Cristóvão Colombo em 1492-1504, na prática, o termo inclui geralmente a história das culturas indígenas americanas, até serem conquistadas ou significativamente influenciadas pelos europeus, mesmo que isso tenha acontecido décadas ou mesmo séculos depois do desembarque inicial de Colombo. O termo pré-colombiano é frequentemente utilizado especialmente no contexto das grandes civilizações indígenas das Américas, como as da Mesoamérica (os olmecas, os toltecas, os teotihuacanos, os astecas e os maias, por exemplo.) e dos Andes (como os incas, além de outros povos). 

EM RESUMO:

Povos pré-colombianos são aqueles que viviam na América antes da chegada de Cristóvão Colombo.Este termo é usado para se referir aos povos nativos da América Hispânica e da América Anglo-saxônica. Para o Brasil se utiliza o termo pré-cabralino.

 

AS CIVILIZAÇÕES


As civilizações pré-colombianas mais estudadas são os incas, astecas e maias.

Estes três povos eram sedentários e viviam em cidades onde havia templos, palácios, mercados e casas. Embora sejam muito diferentes entre si, podemos destacar algumas características comuns das sociedades pré-colombianas.

As sociedades pré-colombianas eram extremamente hierarquizadas com o imperador no topo da hierarquia, seguido pelos sacerdotes, chefes militares, guerreiros e camponeses que cultivavam a terra.

A agricultura era a base de sua economia e plantavam milho, batata e abóbora, entre outros. Praticavam o artesanato, especialmente a cerâmica, mas também faziam peças de metais.

Igualmente, davam importância à vestimenta, na qual existia uma distinção muito clara entre as roupas dos nobres e as das pessoas comuns.

Por fim, outra característica das sociedades pré-colombianas é o politeísmo. Vários deuses ligados ao ciclo da vida eram cultuados em cerimônias que incluíam procissões e sacrifícios de humanos e animais.

 

 

 

CIVILIZAÇÃO MAIA


Os maias formaram uma das grandes sociedades que habitavam a América pré-colombiana.

Viviam na região que corresponde a atual Península de Iucatã, no México, como também Belize e partes da Guatemala e Honduras na América Central.

 

 

Organização Política dos Maias

Os maias não chegaram a construir um império unificado, como os astecas e os incas.

Organizavam-se politicamente em cidades-estados que, juntamente com as aldeias,


formavam unidades políticas independentes, cada qual com um grau de desenvolvimento próprio.

 Em cada estado a autoridade e o poder eram exercidos em nome de um deus.

O chefe de governo das cidades era assessorado por um conselho e auxiliado por um conjunto de funcionários públicos responsáveis pela manutenção da ordem pública, como os chefes das aldeias, os chefes militares entre outros.

 

Economia Maia

A economia da civilização maia era basicamente agrícola. Cultivavam o milho, produto considerado sagrado, o algodão, o cacau e o agave.

Completavam suas atividades econômicas com a caça, a pesca e o artesanato. O modo de produção era coletivo, o solo não era propriedade privada e teoricamente o Estado era o proprietário de todas as terras.

Enquanto membro da aldeia, todo camponês tinha o direito de usá-las e delas tirar o sustento, com obrigação de pagar o imposto coletivo, cobrado pelo Estado.

O Estado apropriava-se também da força de trabalho dos camponeses, obrigando-os a trabalhar gratuitamente na construção de palácios, templos e grandes obras de irrigação e represas.

 

 

Sociedade e Cultura dos Maias

A grandiosidade da sociedade maia foi construída com o trabalho de uma população controlada e disciplinada. A organização social era rígida. Existiam camadas sociais como:

 

·         A camada mais alta era a da família real, dos ocupantes dos principais postos do governo e dos comerciantes.

·         Na segunda camada estavam os servidores do Estado, como os cobradores de impostos, os responsáveis pela defesa e os dirigentes das cerimônias.

·         Na terceira camada estavam os trabalhadores braçais e os agricultores.

·         Por fim, os escravizados, que geralmente eram prisioneiros de guerra.

 

O grupo social mais poderoso, o dos sacerdotes, monopolizava a escrita e os conhecimentos científicos, principalmente a astronomia e a matemática.


Os maias acreditavam que o destino da humanidade era regido pelos deuses, por isso a religião esteve presente em todas as atividades culturais do povo.

Eles desenvolveram um sistema próprio de escrita, até hoje quase indecifrável, baseava-se na representação de objetos e ideias. Sabe-se que possuía alto grau de abstração.

 

Religião dos Maias


Os maias acreditavam que o destino era regido pelos deuses. Itzamna, senhor do céu, era o deus mais importante. Eram cultuados ainda os deuses da Lua, do Sol, da chuva, do vento, da morte e da vida, além das divindades ligadas à agricultura e à caça.

Às divindades eram oferecidos diversos alimentos, sacrifício de animais e de humanos, em cerimônias que incluíam danças e representações teatrais.

 

Declínio da Civilização Maia

 A partir do século IX começou o declínio lento e contínuo da civilização maia. Várias são as hipóteses a respeito desse fato.

Alguns estudiosos acreditam que pode ter sido devido às guerras, lutas internas, invasões ou a má administração em relação à exploração da terra.

O esgotamento do solo teria tornado a produção insuficiente para às necessidades de consumo e obrigado os maias a abandonarem suas principais cidades.

 

 

Astecas


 

Os astecas formaram uma das mais importantes civilizações que habitaram a América pré-colombiana.

Começaram a ocupar o planalto mexicano no final do século XII, vindos da atual Califórnia, dominaram as outras tribos que viviam na região.

Os astecas se estabeleceram no Vale do México e sua capital, Tenochtitlán, é onde hoje se encontra a Cidade do México. Estima-se que em 1450, contava com cerca de 300 mil habitantes.


Construíram um império com 500 cidades, 15 milhões de habitantes e se estendiam numa área que abarcava desde o golfo do México até o Oceano Pacífico.

 

SOCIEDADE ASTECA

 


A sociedade asteca era rigidamente dividida, com o imperador acima de todos, pois era considerado um representante dos deuses.

Abaixo dele encontrava-se a aristocracia composta por militares, sacerdotes e altos funcionários públicos. Na base da sociedade estavam os artesãos, os comerciantes, os camponeses e os escravos.

Os camponeses tinham o direito de ocupar e usar a terra, mas estavam sujeitos ao pagamento de um imposto coletivo e ao trabalho gratuito na construção de obras públicas.

 

ECONOMIA ASTECA

 


A base da economia era a agricultura, seguida pelo artesanato e pelo comércio, que era intenso.

Para aumentar o terreno, construíram as "chinampas", ilhas artificiais onde eram cultivados milho, o alimento básico e feijão, abóbora, tomate e cacau.

Nos mercados era possível obter machados, vasilhas, mantas e roupas. Como não existia dinheiro usava-se a semente de cacau como referência de valor, a semente era considerada símbolo de riqueza e poder.

 

CULTURA ASTECA

 


A arquitetura foi a arte de maior expressão e os astecas levantam templos e palácios grandiosos. Possuíam técnicas avançadas na construção de palanques, rampas de transporte, represas e obras de irrigação. Somente na cidade de Tenochtitlán havia três diques para conter as águas.

A escultura, principalmente de símbolos religiosos, era realizada em pedra. Igualmente era comum que fossem talhados nas paredes e nos degraus do templos cenas da vida dos deuses. Já a pintura retratava cenas mitológicas e históricas.

Dominavam a escrita pictórica, com desenhos de objetos e figuras: uma pessoa falando, por exemplo, era representada com tiras de papel saindo da boca. Usavam também a escrita hieroglífica, baseada em símbolos e sons.

Possuíam profundos conhecimentos de medicina, matemática e astronomia. Elaboraram um calendário solar e agrícola, no qual o ano era dividido em 365 dias. Os sacerdotes observavam os astros e eram consultados sobre os mais variados assuntos como guerras ou mudanças de tempo.

 

RELIGIÃO ASTECA

 


Os astecas tinham grande devoção a Colibri Azul, deus do Sol do meio dia. O culto ao deus Sol era acompanhado da devoção à Coaticlue, mãe de Colibri Azul; ao Tezcatlipoca, deus da noite; ao Quetzacoatl, deus da sabedoria; e ao Tlaloc, deus da chuva.

O templo de deus do Sol possuía 30 metros de altura e ao seu lado foi construído outro templo para as outras divindades. A cada 52 anos, os astecas construíam um novo templo sobre o anterior para agradecer aos deuses o fato de o mundo não ter acabado. A oferenda de sacrifícios humanos aos deuses era parte muito importante da cultura asteca.

 

DESTRUIÇÃO DO IMPÉRIO ASTECA

 


Em 1519, Hernán Cortez, vindo de Cuba, desembarcou na atual Vera Cruz. Alertados sobre a existência de uma grande cidade ao norte, os conquistadores espanhóis se dirigiram para lá.

A princípio, a relação entre ambos foi amistosa, mas rapidamente os espanhóis foram descumprindo suas promessas e passaram a exigir mais riquezas.

Em 1521, depois de muita luta, os astecas foram derrotados pelos conquistadores espanhóis, comandados por Cortez. A cidade de Tenochtitlán foi arrasada, os templos destruídos e muitas peças de ouro foram derretidas.

A cidade do México foi construída pelos espanhóis no mesmo lugar onde estava localizada Tenochtitlán, que guarda um dos principais patrimônios culturais referentes às sociedades pré-colombianas, as ruínas no Templo Maior.

 

  



 
 
 
 
 
 


 

INCAS

 


Os incas foram uma das mais importantes civilizações do mundo, assim como os astecas e os maias.

Originalmente os incas eram um clã da tribo dos quíchuas, localizado na região de Cusco, no Peru. A partir do século XII, porém, iniciaram a formação de um vasto império cuja capital era Cusco.

Hoje, essas terras compreendem o Peru, a Colômbia, o Equador, o oeste da Bolívia, o norte do Chile e o noroeste da Argentina.

O termo "inca", que hoje designa um povo e um império, originalmente significava "chefe", título dado aos imperadores e aos nobres.

 

IMPÉRIO INCA

 

Em três séculos, os incas construíram um poderoso império através de seus exércitos e sua capacidade de negociação. Com tropas bem organizadas e disciplinadas, uma grande quantidade de nações indígenas se tornaram seus vassalos.

Para controlar seu imenso território, abriram duas grandes estradas: uma no litoral, e outra nas montanhas, que cortavam o território de norte a sul e interligadas por transversais de leste a oeste. A principal unia as cidade de Cusco e Quito (Equador) e media cerca de 2.400 quilômetros.

Ao longo desses caminhos havia guaritas com mensageiros, chamados “Chasquis”, especialmente treinados para correr o mais rápido possível. Desta maneira, os incas tinham um sistema de comunicação eficiente e que os permitia saber o que acontecia nos seus domínios.

 

SOCIEDADE INCA

 

A sociedade inca era hierarquizada em várias classes sociais.


O Inca, filho do deus do Sol, misto de deus e imperador, reunia centenas de tribos sob sua autoridade. O imperador era o guardião dos bens do Estado, especialmente da terra e submetia a sociedade ao rigor de suas decisões.

O Imperador era considerado um deus, portanto, tudo o que dizia era acatado. Geralmente, casava-se com uma irmã que era vista como a encarnação de Mama Quilla, a principal deusa feminina.

Abaixo do imperador estavam seus parentes, os nobres, e os escolhidos para ocupar os postos de comando, como governadores de províncias, chefes militares, juízes e sacerdotes.

A camada seguinte era formada de funcionários públicos e trabalhadores especializados, como ourives, marceneiros, pedreiros etc. Na base da hierarquia estavam os agricultores.

Havia também escravos que eram obtidos através da guerra e em forma de punição caso algum povo não se submetesse às ordens incaicas. Eram destinados aos trabalhos nas regiões de mais difícil acesso.

 

 

ECONOMIA INCA


A economia inca era baseada no trabalho coletivo e adaptado à idade de cada um. O alicerce da economia era a agricultura, desenvolvida especialmente na zona montanhosa dos Andes.

Criavam a lhama, que servia para o transporte, a alpaca e a vicunha, das quais obtinham a lã e a carne. No litoral, as populações viviam principalmente da pesca.

Para prestar conta dos impostos recolhidos e controlar a produção era usado o quipu, que significa "nó" em quéchua. O quipu consistia num cordão, no qual estava presa uma série de pequenos cordões coloridos, pendurados em


forma de franja e com vários nós.

Acredita-se que cada um desses nós correspondia a quantidade de tributos que cada comunidade deveria pagar.

 

AGRICULTURA INCA

 

A distribuição de terras era feita de acordo com o tamanho da família e quanto mais filhos, mais terras. Assim, ninguém tinha problema de alimentar sua prole.

Para aumentar as áreas cultiváveis, os incas criaram um engenhoso sistema de terraços - espécie de degraus construídos ao longo das montanhas e sustentados por paredes de pedras - que se estendiam pelas encostas íngremes.

As terras estatais eram cultivadas por todos e a produção era armazenada para sustentar a nobreza, os sacerdotes e os militares. Os excedentes eram estocados em armazéns instalados ao longo de todo o império e repartidos à população em tempo de carência ou épocas de calamidades.

Para melhorar a produtividade da terra eram usados dois recursos: a adubação, feita com esterco de lhama e de pássaros; e a irrigação, através de tanques e canais. O sistema de terraços também facilitava a irrigação e o aproveitamento da água, recurso escasso em alguns pontos da cordilheira do Andes.

 

POLÍTICA INCA

 


Calcula-se que o Império Inca tinha por volta de 2.000.000 de km², uma população estimada em cerca de 8 a 12 milhões de pessoas espalhadas por 200 povos diferentes e cuja capital era Cusco. Para dar coesão a este enorme império, se impôs um idioma – o quéchua – e se estabeleceu o culto ao deus Sol, Inti.

Igualmente, todos deveriam trabalhar para o sustento da família e isso garantia que tivessem comida e roupas. Claro que o Imperador e seus nobres tinham privilégios, mas na sociedade inca ninguém passava fome e todos tinham uma ocupação.

 

RELIGIÃO INCA

 

A religião marcava a vida e a cultura inca. Adoravam diversos deuses, que em


geral eram associados a elementos da natureza, como o sol, a lua, o rio, a chuva etc.

As divindades recebiam oferendas, inclusive sacrifício humano, e esperavam dos deuses um retorno em forma de chuva, proteção, boa colheita, etc. Em homenagem a Inti, o deus Sol, foi construído um grande templo em Cusco, no Peru.

Deuses incas

Viracocha (ou Wiracocha): deus criador e fundacional. Aquele que emergiu em forma humana das águas do lago Titicaca para ordenar os homens sem leis. Organizou o mundo em três níveis, deu função a cada um dos povos, criou as planta e animais. Uma vez terminada sua missão, saiu caminhando pelo mar.

Inti (ou Apu Inti): identificado como o deus Sol que seria o “servo de Viracocha”. Os fiéis acudiam a Inti para pedir boas colheitas e o fim das doenças. Sua energia alimentava a terra e seus seres que nela habitavam. Sua companheira e irmã era Mama Quilla, identificada com a lua, que eram pais dos imperadores incas.

Mama Quilla: deusa relacionada com a lua e principal deidade feminina. Era servida por uma classe sacerdotal de mulheres e sua importância era enorme em todos os assuntos femininos como os nascimentos, casamentos, fertilidade, os ciclos das colheitas, etc. Irmã e esposa de Inti e de cuja união nasceram os imperadores incas.

Pachamama: não é propriamente uma deusa criadora. Seu nome significa pacha – terra e mama, mãe. É um mito entendido em toda a América, pois se trata da própria terra, dos cultivos e pastos. A Pachamama era reverenciada com uma parte das colheitas ou dos animais que pastavam. Assim se estabelecia uma relação de reciprocidade entre os fiéis.

 

CULTURA E ARTE INCA

 

A grandiosidade da arquitetura e da engenharia dos incas se apresentam através de palácios, casas, templos, fortalezas, pontes, túneis, estradas, canais e aquedutos.

Os incas não tinham escrita, mas eles transmitiam suas ideias e conhecimentos através da oralidade e dos desenhos.

A arte funerária com suas máscaras e oferendas também chegou até nós e nos


permite conhecer mais sobre as habilidades artísticas deste povo.

 


ARQUITETURA INCA

 

A arquitetura precisou adaptar às edificações aos tremores frequentes. Por isso, vemos casas horizontais que acompanhavam os abalos sísmicos e assim permaneciam em pé. Igualmente, as pedras eram talhadas e encaixadas uma nas outras sem necessidade de cimento.

No Peru, especialmente em Cusco, é possível visitar lugares que guardam vestígios da cultura inca como:

Machu Picchu: situada a 2400 metros de altitude, Machu Picchu não foi encontrada pelos colonizadores; só foi revelada em 1911, por um pesquisador norte-americano, Hiram Bingham.


Machu Picchu, signfica “montanha velha” possui duas grandes zonas: a agrícola, com seus terraços de cultivo e a religiosa. Nesta podemos contemplar o Templo do Sol, o Templo do Condor e rocha sagrada.

Tratava-se, provavelmente, de uma llaqta e santuário religioso. Uma llaqta é uma povoação temporária onde grupos de pessoas deve cumprir a “mita” ou seja: o trabalho que era um tributo ao Estado.

Vale Sagrado: reúne uma série de cidades como Sacsayhuamán, Ollantaytambo e Písac com as casas edificadas com pedras talhadas especialmente para este fim. Ali se conservam costumes ancestrais, como realizar transações comerciais pelo sistema de trocas.

 

FIM DO IMPÉRIO INCA

 


O Império Inca começou a se desagregar no final do século XV, ao enfrentar várias rebeliões internas.

Neste preciso momento, chegam os espanhóis, que se aliam aos inimigos dos incas e terminam por conquistá-los em 1533. O imperador Atahualpa foi executado e após sua morte, os incas se refugiaram nas montanhas, onde resistiram até 1571, quando foi capturado e morto o último líder – Tupac Amaru.

Seu neto, Tupac Amaru II, liderou a última insurreição inca, mas também foi assassinado.

 

 


Dúvidas

Se você tem dúvidas referentes a acontecimentos históricos, ficarei feliz em ajudar!!